Com a “Antiquum ministerium”, Carta Apostólica em forma de Motu proprio assinada na segunda-feira (10) e publicada nesta terça (11), o Papa Francisco instituiu o ministério laical de Catequista. No documento, o pontífice destaca que é necessário reconhecer a presença dos leigos que se sentem chamados a colaborar no serviço da catequese.
“Esta presença torna-se ainda mais urgente nos nossos dias, devido à renovada consciência da evangelização no mundo contemporâneo (...) e à imposição duma cultura globalizada (...), que requer um encontro autêntico com as jovens gerações, sem esquecer a exigência de metodologias e instrumentos criativos que tornem o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária que a Igreja abraçou”, escreve Francisco no documento.
De acordo com o documento do Papa, “fidelidade ao passado e responsabilidade pelo presente são as condições indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo”. Francisco faz ainda um convite às Conferências Episcopais para que “tornem realidade o ministério do Catequista”, promovendo a formação e as normas necessárias para acesso a ele. O ministério da Igreja deve ser desempenhado “de forma plenamente secular, sem cair em qualquer tentativa de clericalização”, recomenda o Papa.
MINISTÉRIO ANTIGO
Apesar de “novo”, o ministério de Catequista na Igreja tem origens muito antigas. Não por acaso o nome do Motu proprio é justamente “Antiquum ministerium”. E as raízes bíblicas deste “serviço do ensinamento” pelos “mestres” são destacadas pelo Papa logo na abertura do documento.
“Desde os seus primórdios, a comunidade cristã conheceu uma forma difusa de ministerialidade, concretizada no serviço de homens e mulheres que, obedientes à ação do Espírito Santo, dedicaram a sua vida à edificação da Igreja. Os carismas, que o Espírito nunca deixou de infundir nos batizados, tomaram em certos momentos uma forma visível e palpável de serviço à comunidade cristã nas suas múltiplas expressões, chegando ao ponto de ser reconhecido como uma diaconia indispensável para a comunidade”, acrescenta Francisco.
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(Foto: Vatican Media)