A confederação internacional da Cáritas apelou nesta terça-feira (12) ao fim do “massacre indiscriminado de civis” na Ucrânia, lamentando a morte de dois funcionários da organização católica, em Mariupol.
"Esta notícia dramática deixa a família Cáritas horrorizada e chocada. Juntamo-nos com pesar e solidariedade ao sofrimento das famílias e dos nossos colegas da Cáritas Ucrânia, que vivem uma tragédia", refere o secretário-geral da ’Caritas Internationalis’, Aloysius John, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
As vítimas foram atingidas quando um tanque disparou contra o prédio do centro da Cáritas em Mariupol, matando os dois funcionários e cinco familiares, que ali terão procurado abrigo.
“O ’martírio’ na Ucrânia, como o Papa Francisco disse, tem de parar e tem de parar agora. A comunidade internacional deve fazer o impossível para parar este massacre imediatamente”, insiste Aloysius John, apelando à segurança da população civil.
As organizações da Cáritas também condenam a violação generalizada do direito internacional humanitário em várias áreas da Ucrânia.
As entidades católicas têm prestado apoio a cerca de 600 mil pessoas, na Ucrânia e nos países vizinhos.
Segundo o autarca de Mariupol, mais de 10 mil civis ucranianos já morreram durante o cerco russo e o número de mortos pode ultrapassar os 20 mil.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou milhares de mortes, entre civis e militares, levando à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões de refugiados.
Texto: Agência ECCLESIA
Foto: Noah Eleazar / Unsplash