O Santuário de Fátima informa que foi adiada a visita da Imagem peregrina ao Cáucaso – Geórgia, Azerbaijão e Armênia – nos meses de setembro a outubro, por causa do “aumento do número de casos de Covid-19 e as restrições de mobilidade”.
“A visita da Imagem nº 2 da Virgem Peregrina de Fátima ao Cáucaso foi adiada para uma data mais oportuna, ainda não definida, devido à emergência sanitária que se verifica nesta região do Mundo”, explica o Santuário de Fátima na informação enviada à Agência ECCLESIA.
O santuário mariano acrescenta que o “aumento do número de casos de Covid-19”, nomeadamente o número de mortes, e as “restrições de mobilidade”, levaram os responsáveis das dioceses locais – Geórgia, Azerbaijão e Arménia – a adiar a visita “tão esperada e desejada” como assinalou o Núncio Apostólico, o arcebispo português D. José Bettencourt.
“É com imenso embaraço que venho participar esta realidade, pedindo desculpa pela situação e que seja concedida uma futura data para a muito desejada visita da Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima à região”, escreveu o arcebispo, nascido nos Açores, numa carta ao reitor do Santuário de Fátima.
Na Geórgia, país com 3,5 milhões de habitantes regista-se uma média de 50 vítimas por dia e no Azerbaijão as fronteiras encontram-se fechadas, com muitas limitações de circulação.
Segundo o programa da visita ao Cáucaso, a Imagem nº 2 da Virgem Peregrina de Fátima ia passar pelas paróquias e comunidades católicas dos três países: No Azerbaijão, país de maioria muçulmana, de 20 a 27 de setembro, depois na Geórgia, de 28 de setembro a 14 de outubro, e terminava esta viagem na Arménia, país berço do cristianismo, de 15 a 31 de outubro.
O Santuário de Fátima salienta que é “muito importante” esta visita a uma região do continente europeu “fustigada, há muitos anos, por guerras e graves crises políticas”.
“Os apelos à paz e conversão que brotam de Fátima assumem especial atualidade nesta região, ainda instável, e com feridas abertas causadas pelo mais recente conflito fronteiriço sobre Nagorno-Karabakh, que opõe a Arménia cristã ao Azerbaijão muçulmano. A Geórgia, maioritariamente ortodoxa, a braços com revoltas independentistas nas regiões de Ossétia do Sul e Abkhazia”, desenvolveu o santuário da Cova da Iria.
Texto: Agência Ecclesia
Foto: Vatican Media