O autoproclamado Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado que no final da tarde de segunda-feira, 19, provocou a morte de pelo menos 35 pessoas no mercado popular de Wahailat, em Sadr City, bairro de maioria xiita na região leste de Bagdá. A informação é de Rita Katz, diretora do "SITE". Os jihadistas identificaram o autor do atentado suicida como sendo o iraquiano Abu Hamza Al Iraqi.
O ataque kamikaze ocorreu na véspera da festa muçulmana do sacrifício Eid al-Adha. O mercado estava lotado para a compra de presentes e gêneros alimentícios. Entre as vítimas fatais muitas mulheres e crianças. Há dezenas de feridos, muitos em estado crítico.
O presidente Barham Salih postou um tweet dizendo: "Com um crime terrível, eles alvejam os civis na cidade de Sadr na véspera do Eid ... Não vamos descansar antes que o terrorismo seja cortado por suas raízes."
Os atentados em Bagdá, que eram quase diários, haviam diminuído com a derrota do Estado Islâmico em 2017, que perdeu os territórios conquistados a partir de 2014.
De 5 a 8 de março deste ano o Papa Francisco realizou uma visita histórica ao país sob o lema "Sois todos irmãos". Apesar da grande preocupação com a segurança, não foi registrado nenhum episódio de violência.
Em 2 de julho, foi a vez do primeiro-ministro iraquiano Al-Kadhimi ser recebido em audiência pelo Santo Padre no Vaticano. "Os momentos de unidade vividos pelos iraquianos" durante a Viagem Apostólica em março em Bagdá, Erbil, Mosul, Qaraqosh , estiveram entre os principais temas dos colóquios, conforme relatado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Da mesma forma, a “importância da promoção da cultura do diálogo nacional para a promoção da estabilidade e do processo de reconstrução do país”.
Texto: Vatican News
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