O Vaticano vai destacar em 11 de julho o “domingo do mar”, alertando para o impacto da pandemia nos profissionais do setor, afetados também pela pirataria e os naufrágios.
“Cerca de 90% do comércio mundial movimenta-se graças aos navios ou, mais precisamente, aos 1,7 milhões de marinheiros que trabalham neles”, acrescenta a nota.
O cardeal Peter Turkson, prefeito do dicastério, agradece à “gente do mar”, lamentando a “profunda contradição” presente no mundo da indústria marítima, “altamente globalizada”, mas atravessada pela fragmentação das regras sobre os direitos e a proteção dos trabalhadores.
O Vaticano defende uma política clara de vacinação às tripulações, realçando que cerca de 400 mil pessoas ficaram retidas no mar em setembro de 2020, permanecendo fora das suas casas por um período que chegou aos 18 meses.
Esta situação, indica a nota, gerou “isolamento, solidão, separação e ansiedade”, a que se somou “a incerteza com o próprio futuro”.
Os membros da tripulação, destaca o organismo da Santa Sé, são mais do que “força de trabalho” e devem ser respeitados, com “práticas de trabalho baseadas na dignidade humana e não no lucro”.
O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral pede soluções duradouras para o “flagelo da pirataria” e o abandono dos navios e da tripulação
A mensagem conclui-se com um pensamento para os capelães e voluntários da Stella Maris (o antigo Apostolado do Mar) que, em tempos de pandemia, estiveram ao serviço dos marinheiros e pescadores, mostrando “o rosto atento da Igreja que acolhe e está próxima”.
Texto: Agência Ecclesia
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