O reitor do Santuário de Fátima destacou hoje que o lugar de culto e a região estão preparados “para acolher turistas e visitantes”, falando na abertura do 9.º Workshop Internacional de Turismo Religioso (IWRT), que se realiza online.
“O Santuário de Fátima preparou os espaços para garantir a segurança sanitária quer aos visitantes, quer aos colaboradores, funcionários e voluntários. O mesmo fez a hotelaria, a restauração e o comércio. Isto permite dizer que Fátima é sem dúvida um destino seguro, está preparada para acolher turistas e visitantes”, explicou o padre Carlos Cabecinhas.
O Workshop Internacional de Turismo Religioso, promovido pela ACISO – Associação Empresarial de Ourém-Fátima hoje e esta sexta-feira, decorre exclusivamente pelos meios digitais, por causa da pandemia de Covid-19, e junta participantes de 34 países, que já têm agendadas 3404 reuniões.
“Neste contexto pandémico, sendo Fátima o mais relevante destino de turismo religioso português e sendo um destino de turismo religioso globalizado, os efeitos têm sido gravosos e mesmo dramáticos”, assinalou o padre Carlos Cabecinhas.
O responsável católico começou por recordar que estes workshops, em março de 2020, antecederam “em poucos dias o confinamento que foi imposto pela pandemia” e, na presente edição, pretendem ser “um sinal de esperança” e assinalar a vontade de superar a atual situação que “tão fortemente tem condicionado toda a atividade turística em geral e o turismo religioso em particular”.
O reitor do Santuário de Fátima lembrou que a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, no verão de 2023, “atrairá jovens de todos os continentes” e é uma “oportunidade única para dar a conhecer o destino Fátima” e recuperar o movimento habitual.
Já a presidente da ACISO, que destacou o “novo desafio” de realizar a nona edição do IWRT pelos meios online, afirmou que estão “apostados em continuar a divulgar Portugal” e que, “hoje mais do que nunca”, é fundamental a “congregação de esforços”.
“Sabemos que a pandemia provocou alterações na motivação das viagens e também na escolha dos destinos, mas também sabemos que Fátima e o Centro de Portugal respondem na perfeição a estas novas motivações”, Purificação Reis.
Presente na abertura dos trabalhos, o presidente do Município da Guarda afirmou que promover o turismo religioso “é muito importante” para construírem nestes territórios “comunidades mais abertas, mais cosmopolitas, mais abertas ao outro, aos distantes, mais abertas ao estranho”, e, neste contexto, elogiou a Igreja Católica pelos “passos significativos” para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso.
Carlos Monteiro assinalou que, na primeira vez que os turistas visitam, “é a fé que os traz” mas podem resultar outras visitas e à fé “acrescentam o gosto pela paisagem, pela gastronomia, património, cultura, etc.”.
“Fátima é não só farol de turismo religioso em Portugal, mas exemplo de boas praticas para a sua promoção, para a sua implementação, para a sua gestão e para a sua qualificação”, acrescentou o autarca, explicando que na Guarda estão a “investir na reabilitação da judiaria, uma das mais antigas de Portugal”, e aspiram a ser “a ‘Fátima’ do turismo judaico em Portugal”.
Participaram também na sessão de abertura da 9.º Workshop Internacional de Turismo Religioso o presidente da Entidade Regional Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado; a presidente da Comunidade Intermunicipal Médio Tejo e presidente do município de Tomar, Anabela Freitas; e o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque.
O IX Workshop Internacional de Turismo Religioso tem a cidade de Rio de Janeiro como destino convidado e a ACISO destaca que o Brasil tem tido “cada vez mais expressão” enquanto mercado emissor de turistas para Portugal e particularmente para a região de Fátima.
Texto: Agência Ecclesia