O patriarca latino de Jesuralém afirmou que a situação que se vive na região “é terrível” e tem como consequência um “longo período da cultura do desprezo”.
“Não há direitos iguais para todos, há cidadãos de séries A e B. É o que vemos claramente no dia a dia: direitos desrespeitados, falta de emprego e assentamentos, coisas que já sabemos e estamos cansados de repetir”, disse D. Pierbattista Pizzaballa em declarações enviadas hoje à Agência ECCLESIA pelo Christian Media Center.
O centro de informação Custódia da Terra Santa, alerta para a “nova escalada de violência”, da Esplanada das Mesquitas ao bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém, em todo o Israel e principalmente na Faixa de Gaza, provocando um número crescente de mortos.
Para o patriarca latino de Jesuralém, os cristãos são “chamados a construir uma sociedade, onde o amor o respeito mútuo e a compreensão sejam a base”.
“Esta é a nossa primeira vocação como cristãos da Terra Santa.
D. Pierbattista Pizzaballa sublinha que “os líderes políticos devem parar de falar contra os outros e construir uma sociedade onde todos tenham os mesmos direitos e os mesmos deveres.
“Nós, líderes religiosos, não apenas cristãos, mas também muçulmanos e judeus, devemos ensinar o respeito mútuo, mesmo que o outro seja diferentes de nós. Os líderes políticos devem parar de falar contra os outros e construir uma sociedade onde todos tenham os mesmos direitos e os mesmos deveres”, acrescentou.
Apesar da situação de conflito crescente, o patriarca latino de Jerusalém continua a creditar que “para Deus nada é impossível”.
Semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental culminaram com confrontos no dia 10 de maio na Esplanada das Mesquitas, junto ao Muro das Lamentações.
A Cáritas de Jerusalém alerta para o risco de uma crise humana, com cerca de 40 mil palestinianos deslocados e 2500 pessoas que perderam as suas casas.
A posição da Santa Sé sobre o conflito entre Israel e a Palestina passa pela solução de dois Estados para dois povos, sublinhando o direito destas populações de viver em paz e segurança, dentro das fronteiras reconhecidas pela comunidade internacional.
Fonte e Foto: Agência Ecclesia