O Documento Final do Sínodo declara que o “sacramento do matrimônio atribui uma missão peculiar que diz respeito, ao mesmo tempo, à vida da família, à edificação da Igreja e ao compromisso na sociedade. Em particular, nos últimos anos tem havido uma crescente consciência de que as famílias são sujeitos e não apenas destinatários da pastoral familiar ... Mais uma vez, a Assembleia expressa sua proximidade e apoio àqueles que vivem uma condição de solidão como uma escolha de fidelidade à Tradição e ao Magistério da Igreja sobre o matrimônio e a ética sexual...” (nº 64).
A Assembleia Sinodal afirma que: “os dons espirituais também deram origem a várias expressões de vida consagrada. Desde os primeiros tempos, a Igreja reconheceu a ação do Espírito na vida daqueles homens e mulheres que escolheram seguir Cristo no caminho dos conselhos evangélicos, consagrando-se ao serviço de Deus na contemplação, bem como em múltiplas formas de serviço... As Ordens e Congregações, as Sociedades de Vida apostólica, os Institutos Seculares, bem como as Associações, os Movimentos e as Novas Comunidades têm uma contribuição especial a dar para o crescimento da sinodalidade na Igreja” (nº 65).
O processo sinodal “exortou as Igrejas locais a responderem com criatividade e coragem às necessidades da missão, discernindo entre os carismas alguns que convém assumir uma forma ministerial, equipando-se com critérios, instrumentos e procedimentos adequados. Nem todos os carismas devem ser configurados como ministérios, nem todos os batizados devem ser ministros, nem todos os ministérios devem ser instituídos. Para que um carisma seja configurado como ministérios, é necessário que a comunidade identifique uma genuína necessidade pastoral, acompanhada de um discernimento realizado pelo pastor junto com a comunidade” (nº 66).
Os participantes do Sínodo reconheceram “a contribuição para a compreensão da fé e do discernimento oferecida pela teologia na variedade de suas expressões. Os teólogos ajudam o Povo de Deus a desenvolver uma compreensão da realidade iluminada pela Revelação e a desenvolver respostas adequadas e uma linguagem apropriada para a missão. Na Igreja sinodal e missionária, ‘o carisma da teologia é chamado a prestar um serviço específico [...]. Junto com a experiência de fé e a contemplação da verdade do povo fiel e a pregação dos pastores, ele contribui para a penetração cada vez mais profunda do Evangelho” (nº 67).
O Documento Final expressa que como “todos os ministérios da Igreja, o episcopado, o presbiterato e o diaconato estão a serviço da proclamação do Evangelho e da edificação da comunidade eclesial. O Concílio Vaticano II recordou que o ministério ordenado de instituição divina ‘é exercido em diversas ordens por aqueles que antigamente eram chamados Bispos, Presbíteros e Diáconos’ (LG 28). Neste contexto, o Concílio Vaticano II afirmou a sacramentalidade do episcopado (cf. LG 21), recuperou a realidade comunitária dos presbiterato (cf. LG 28) e abriu o caminho para a restauração do exercício permanente do diaconato na Igreja latina (cf. LG 29) (nº 68).
Pe. Antônio Carlos D´Elboux – acdelboux@uol.com.br
Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Saltinho - SP