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Sínodo dos Bispos: Documento Final - 7ª parte

Publicado em 16 de janeiro de 2025 - 13:49:35

O documento final do último Sínodo dos Bispos fala da sinodalidade como profecia social. “Praticado com humildade, o estilo sinodal pode fazer da Igreja uma voz profética no mundo de hoje ... Vivemos em uma época marcada pelo aumento das desigualdades, pela crescente desilusão com os modelos tradicionais de governança, pelo desencanto com o funcionamento da democracia, pelas crescentes tendências autocráticas e ditatoriais, pelo domínio do modelo de mercado sem levar em conta a vulnerabilidade das pessoas e da criança, e pela tentação de resolver conflitos por meio da força em vez do diálogo”  (nº 47).

O documento apregoa que o “modo sinodal de viver os relacionamentos é um testemunho social que responde à necessidade humana de ser acolhido e de se sentir reconhecido em uma comunidade concreta. É um desafio ao crescente isolamento das pessoas e ao individualismo cultural, que até mesmo a Igreja absorveu com frequência, e nos chama para o cuidado mútuo, a interdependência e a corresponsabilidade pelo bem comum. Da mesma forma, desafia um comunitarismo social exagerado que sufoca as pessoas e não permite que elas sejam sujeitos de seu próprio desenvolvimento” (n° 48).

A jornada sinodal começou atualizando o convite dos apóstolos aos colegas: “estou indo pescar” e a resposta dos outros: “Nós também vamos com você”. “A jornada sinodal também começou assim: ouvimos o convite do Sucessor de Pedro e o aceitamos; partimos com ele e atrás dele. Juntos, oramos, refletimos, lutamos e dialogamos. Mas, acima de tudo, experimentamos que são os relacionamentos que sustentam a vitalidade da Igreja, animando suas estruturas. Uma Igreja sinodal missionária precisa renovar ambos” (nº 49). Durante todas as etapas do Sínodo se apelou para a capacidade de relacionamentos.

O Sínodo mostrou que “ser uma Igreja sinodal requer uma verdadeira conversão relacional. Devemos aprender novamente com o Evangelho que cuidar dos relacionamentos não é uma estratégia ou uma ferramenta para maior eficácia organizacional, mas é a maneira como Deus, o Pai, se revelou em Jesus e no Espírito. Quando nossos relacionamentos, mesmo em sua fragilidade, permitem que a graça de Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito brilhem, confessamos com nossas vidas nossa fé em Deus, a Trindade” (nº 50). Precisamos assumir as atitudes de Jesus, como os Evangelhos nos ensinam.

Os membros da Igreja vivem e realizam a missão recebida de Jesus Cristo em uma pluralidade de contextos. “Cada um desses contextos tem riquezas peculiares que devem ser levadas em conta, ligadas ao pluralismo das culturas. No entanto, eles, embora de maneiras diferentes, apresentam os sinais de lógicas relacionais distorcidas que, às vezes, são opostas às do Evangelho. Ao longo da história, os fechamentos relacionais se solidificaram em verdadeiras estruturas de pecado (cf. SRS 36), que influenciam o modo de pensar e agir das pessoas. Em particular, eles geram bloqueios e medos, que precisamos enfrentar e superar... (nº 53).

Os Padres Sinodais mostram a “ilusão de que uma paz justa pode ser alcançada pela força das armas. Igualmente mortal é a crença de que toda a criação, inclusive as pessoas, pode ser explorada à vontade para obter lucro. Essa é a consequência das muitas e variadas barreiras que dividem as pessoas, mesmo nas comunidades cristãs, e limitam as possibilidades de alguns em comparação com aquelas desfrutadas por outros: desigualdades entre homens e mulheres, racimos, divisão de castas, discriminação de pessoas com deficiências, violação dos direitos de minorias de todos os tipos, falta de disposição para receber migrantes” (nº 54).

Pe. Antônio Carlos D´Elboux – acdelboux@uol.com.br
Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Saltinho - SP

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