O Papa São João Paulo II deixou-nos um grande legado em vários sentidos, mas gostaríamos de chamar a sua atenção para uma encíclica em particular, em que ele aponta para problemas vindouros que – infelizmente – já chegaram.
Trata-se da Encíclica Evangelium Vitae, publicada na festa da Anunciação, dia 25 de março de 1995. Entre outras coisas, uma das motivações que levou o Papa a escrever esta encíclica foi o fato de que algumas Fundações Internacionais tinham arrumado uma forma de influenciar as decisões tomadas nas Conferências da Organização das Nações Unidas, de maneira que os países do mundo todo começassem a ser pressionados para a legalização do aborto.
Ao saber disso, o Papa toma as providências necessárias para acompanhar o processo, escreve a encíclica, enxerga e denomina o problema maior de “Cultura da Morte”, funda a Pontifícia Academia pela Vida, passa a denunciar sistematicamente o perigo do que estava acontecendo e convida os fiéis a combaterem tal cultura com uma nova “Civilização do Amor”.
Tudo isso que ele fez parece muito bonito, mas se eu e você não entendermos a fundo o problema (que estava já grave naquele tempo) iremos todos sucumbir a uma página da História tão terrível ou até mais do que foi o Holocausto nazista – e o próprio Papa mostra na encíclica o porquê.
Acontece que, diante dos horrores feitos aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, o que Hitler quis do povo era que se calasse e os deixasse matar aquelas vidas inocentes. Agora, porém, diante da questão do aborto, São João Paulo II vê o paradoxo: não estão apenas querendo que a sociedade se cale, mas que a sociedade exija a morte dos inocentes como um direito!!!
Estão querendo acrescentar aos Direitos Humanos o direito de matar, sendo que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada por inúmeros países do mundo todo em 1948, foi feita justamente para impedir que acontecesse novamente massacres como foi a morte gratuita de tantos inocentes no Holocausto Nazista!
O Papa está querendo abrir os nossos olhos para perceber o rumo que as coisas estavam tomando e aqui, justamente no Brasil, estamos no momento crucial de clamar pelo direito mais básico de todos: este direito à Vida!
Dentre tantas coisas que podemos e devemos fazer, a primeira delas seria nos informarmos, “escutarmos”, buscarmos a verdade do que está acontecendo, estudar mesmo, e aqui estamos enquanto Equipe Diocesana de Defesa da Vida e da Família justamente para isso. Em seguida veremos que temos Projetos de Lei para apoiar, contatos de pessoas para chamar para as formações, comissões paroquiais para montar, e mais uma série de coisas a fazer, todas elas para reverter este processo, antes que seja tarde demais.
A morte do Vinícius Eduardo* e mais tantas outras muitas vítimas são o sangue dos inocentes derramado em nossa pátria e não podemos deixar que tenham sido em vão!
Junte-se ao Exército pela Vida: Deus quis precisar não somente de nossas orações, mas quer que lutemos de todo coração, com toda alma, com todas as forças e com todo entendimento!
Camila Souza Sordi Gil
Coordenadora Equipe Diocesana de Defesa da Vida e da Família
*Confira o que aconteceu com o Vinícius Eduardo na íntegra: https://brasilsemmedo.com/defensores-do-aborto-espalham-desinformacao-sobre-o-caso-da-menina-de-goias/