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Dízimo, um ato profético

Publicado em 15 de março de 2024 - 14:07:54

O gesto da entrega do dízimo é um ato profético. À semelhança dos israelitas que, ao celebrarem pela primeira vez a Páscoa praticaram um ato profético, assim também o fazemos quando ofertamos o nosso dízimo a Deus.

No momento em que o fiel entrega o seu dízimo diante de Deus e de todo o reino espiritual, ele está reconhecendo a Redenção e a consequência de sua pertença a Deus, bem como de tudo o que possui. Diante deste reconhecimento, o Senhor mesmo afasta o maligno e protege o que é d’Ele. E o Diabo não se atreve a tentar tocar no que pertence a Deus!

Mas, quando desobedecemos ao mandamento referente ao dízimo (5º Mandamento da Igreja), estamos declarando que Deus não é o dono desta quantia. E é aí que as perdas ocorrem! Devemos fazer do dízimo um ato de celebração da Redenção.

Como sabemos, a palavra dízimo significa a “décima parte”. O número dez está ligado à simbologia da Redenção. O cordeiro da Páscoa deveria ser escolhido no dia dez do mês de Nissan (“Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa” (Ex 12,3). Ao entregarmos o nosso dízimo, devemos ser gratos pela Redenção que o Pai nos concedeu através da Paixão e Morte de seu Filho Jesus Cristo.

Cristo instituiu uma Ceia Eucarística como Memorial para que sempre recordássemos o que Ele fez por nós na Cruz (1 Cor 11,24-25). O Senhor nos conhece, como também a nossa inclinação ao esquecimento do que Ele fez por nós. Portanto, Ele estabeleceu uma forma de nos manter conscientes do que Ele fez. O dízimo também tem este mesmo propósito. A sua relação com a Redenção deve nos manter conscientes de que somos propriedade de Deus.

Assim como a Instituição da Ceia Eucarística por Jesus faz parte de uma ação de gratidão e anuncia uma mensagem (a morte do Senhor até que Ele venha – 1 Cor 11,26), assim também a entrega do dízimo celebra a Redenção e testemunha à nossa consciência de que pertencemos ao Senhor.

É interessante observarmos que a primeira menção do dízimo na Bíblia aparece justamente num contexto de redenção (Abraão resgatando o seu sobrinho Ló): Abrão recobrou todos os bens saqueados e reconduziu também Ló, seu parente, com os seus bens, assim como as mulheres e os homens. Voltando Abrão da derrota de Codorlaomor e seus reis aliados, o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro no vale de Save, que é o vale do rei. Melquisedec, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho, e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e a terra! Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos em tuas mãos!”. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo (Gn 14,16-20).

A Carta aos Hebreus fala do misterioso Melquisedec: Este Melquisedec, rei de Salém, sacerdote de Deus Altíssimo, saiu ao encontro de Abraão, quando este regressava da vitória sobre os reis, e o abençoou. Abraão entregou a ele o dízimo de tudo (Hb 7,1-4).

Assim como celebramos a Ceia Eucarística, lembrando o que o Senhor fez por nós na Cruz, da mesma forma também celebramos a Redenção ao entregarmos o nosso dízimo. Quando você ofertar o seu dízimo em sua paróquia, faça-o com esta consciência. Uma atitude correta com relação ao que você oferece ao Senhor é um passo vital para você desfrutar das suas bênçãos!

Pe. Celso de Jesus Ribeiro
Coordenador Diocesano da Pastoral do Dízimo

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