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Campanha da Fraternidade e a doença da sociedade atual

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 - 17:22:22

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é Fraternidade e Amizade Social e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8) e ela “assume como diagnóstico preocupante da realidade e, portanto, como tema para a nossa reflexão e, mais ainda, para nossa conversão, o que nos alertou o Papa Francisco: ‘Neste mundo que corre sem um rumo comum, respira-se uma atmosfera em que a distância entre a obsessão pelo próprio bem-estar e a felicidade da humanidade partilhada parecem aumentar: até fazer pensar que entre o indivíduo e a comunidade humana, já esteja em curso um cisma’ (Fratelli Tutti, nº 31) (CF, Texto base, nº 72)”.

A nossa sociedade “padece de uma enfermidade bem específica a qual podemos denominar como ‘alterofobia’, ou seja, medo, rejeição, aversão a tudo aquilo que é outro, tudo o que não sou eu mesmo. A palavra é estranha, mas a situação que ela indica é real, presente e incisiva, dia após dia. Alimentando mentalidades e gerando atitudes. A outra pessoa, a outra causa, o outro sonho, o outro esforço, tudo, enfim, que não seja eu mesmo, acaba por se tornar desnecessário, ameaçador, destinado à rejeição e até mesmo à extinção” CF. Texto base, nº 73). 

O apelo desta Campanha da Fraternidade é que revigoremos “a consciência de que somos uma única família humana. Não há fronteiras nem barreiras políticas ou sociais que permitam isolar-nos e, por isso mesmo, também não há espaço para a globalização da indiferença’ (Laudato Si, nº 52). “Neste Tempo quaresmal, somos convocados a enfrentar e vencer ‘a tentação de fazer uma cultura dos muros, de erguer os muros, muros no coração, muros na terra, para impedir este encontro com outras pessoas’ (FT, nº 27. O remédio para a alterofobia é a amizade social.

Nem tudo está perdido, pois nossa humanidade não é só pecado e divisão. “O ímpeto de comunhão, de fraternidade, de diálogo e amizade social está escrito em nossa natureza gerada no amor da Trindade”. Pensemos “nas enormes possibilidades de diálogo e conexão que o grande desenvolvimento das tecnologias da comunicação nos possibilita. Utilizadas para o bem, o bom e a verdade, as ferramentas oferecidas pelas mídias digitais nos deixam mais próximos, interligando-nos sempre mais e possibilitando o encontro, o diálogo e a partilha tão necessários a cultura atual e tão característicos da fé cristã (CF, Texto base, nºs 77 e 78).

Na mensagem para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco diz: “Não basta circular pelas ‘estradas’ digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação”. O Santo Padre também adverte que a solidariedade “é muito mais do que alguns gestos de generosidade esporádicos’ (FT, nº 116). 

Papa Francisco apresentou três propostas concretas para transformarmos nossa sociedade: o Pacto Educativo Global, visando uma aliança entre escola, família e sociedade para colocar no centro do processo educativo o desenvolvimento integral da pessoa e a proteção da Casa Comum; a Economia de Francisco e Clara para influenciar os rumos do pensamento econômico orientando para as formas de vida no planeta; e o processo de escuta Sinodal ouvindo as pessoas de boa vontade sobre a Igreja e seu papel na sociedade para “uma renovada consciência eclesial capaz de acolher, respeitar e promover as diferenças” (CF, Texto base, nº 84).

Pe. Antônio Carlos D´Elboux – acdelboux@uol.com.br
Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Saltinho – SP

 

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