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Epifania do Senhor

Publicado em 4 de janeiro de 2024 - 23:32:27

Evangelho Mt 2,1-12

Neste domingo celebramos a festa da epifania do Senhor.  As raízes desta palavra se encontra seja no latim tardio epiphanīa, bem como no  grego ἐπιϕάνεια, de ἐπιϕανής «visível». Literalmente tal palavra expressa a manifestação visível do Verbo feito Carne e que aparece ao mundo. É justamente isso que vemos no evangelho por meio da a visita e adoração dos Magos onde o próprio Deus se manifesta em seu Filho revelando-o como o Rei e Salvador do mundo.

O Evangelho nos narra, que depois de longos anos de espera, da parte do povo eleito, a luz de Deus se manifesta em meio as trevas da incerteza do medo de seu povo. Assim sendo, o Salvador prometido entre as nações, nasce na pequena cidade de Belém.  Se por um lado Lucas nos fala da adoração dos pastores que deixam as suas ovelhas ao se prostraram diante do cordeiro de Deus na manjedoura (Lc 2, 1-20), Mateus por sua vez nos narra, que nobres do oriente de outras nações deixam suas terras para adorar o rei que nasceu (Mt 2,1-12).

A solenidade que celebramos faz parte do mistério do ciclo da infância de Jesus. O que podemos aprender com a visita dos magos, é que o Redentor do mundo, veio para todos os que o recebem de bom coração e a Ele desejam unir suas vidas (Jo 1,12). Se por um lado Cristo se faz presente na vida do povo eleito, a visita dos magos do oriente nos revela que o menino Deus, veio para além das fronteiras de Israel, alcançando assim os que de longe anseiam pela salvação1 .

O evangelho é claro: Jesus já havia nascido quando os homens do oriente saem de suas terras “tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do Rei Herodes, eis que alguns magos do oriente chegaram a Jerusalém” (Mt,2,1). Guiados pela estrela que os indica o caminho e pelo qual é o símbolo do próprio Cristo2  o “único caminho que conduz a verdade” (Jo 14,6), os magos se deixam guiar por ela.

A luz do evangelho de hoje, podemos nos colocar na mesma posição dos magos, que outrora longe do Senhor e de sua aliança, agora somos conduzidos ao único Salvador e Redentor de nossas vidas. 

Estes sábios do oriente trazem consigo três presentes para oferecer ao rei dos reis: ouro, incenso e mirra. Segundo São Jerônimo, tais presentes, representariam: Realeza (ouro), Divindade (incenso) e Sofrimento (mirra)3, sintetizando assim a missão do Salvador em reinar sob a morte e o pecado vencendo-a, enquanto Deus encarnado por meio do seu sofrimento na cruz e triunfo na ressurreição.

A epifania, portanto, se caracteriza como a festa dos redimidos, que imerecidamente, foram alcançados pela luz de Cristo e reunidos ao seu redil. A visão clássica do presépio, nada mais é do que um menino em uma manjedoura que nasce em uma estribaria. Ora que símbolo melhor poderia sintetizar a parábola do Bom Pastor? O mesmo pastor que se fere para buscar a ovelha perdida na escuridão e reunir junto ao seu redil com as outras ovelhas? Pois bem: diante de Cristo, ricos pobres, homens e mulheres pecadores, encontram a unidade em volta do Pão vivo que desceu do céu e se dá em alimento por nós. Assim hoje nós também como os que nos antecederam, nos reunimos dentro do redil da Igreja, onde Cristo no Altar da Manjedoura Eucarística, se faz alimento de vida eterna para todos os que dele se alimentam! Esta é a manifestação de Deus!

Rafael Brito
Mestre e Doutorando em Teologia Dogmática - Gregoria - Roma
 
1 Cfr. CIC 528
2 Cfr. CIC 1165
3 SÃO JERONIMO, Comentário ao Novo testamento, Mt 1,11, p. 141
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