Chegamos a mais um Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo! E parece que “ontem mesmo” havíamos começado o ano de 2023, diante da sensação coletiva que muitos –incluso eu!— afirmam em relação à “alta velocidade” com que o tempo está passando.
Se há ou não explicação científica, ou se não passa de sensação oriunda da vida intensa e às vezes agitada demais que muitos de nós levamos, pouco importa. O que verdadeira e unicamente importa neste exato momento de nossa história é que, uma vez mais, celebraremos “a ação de Deus efetiva, concreta e marcante na história da humanidade”, Deus que se fez Homem e habitou entre nós! Todo o resto –presentes, comidas diferentes, encontros com familiares e amigos— embora tenha relevância e certa necessidade, não pode apagar o brilho desse evento histórico que se renova anualmente.
O precioso Tempo do Advento proposto por nossa Igreja nos prepara espiritualmente ao buscar voltar nosso olhar para o Menino Deus que vem. Ele é o centro e a personagem central! Se Ele já veio corporalmente, em espírito relembramos de sua chegada em cada Natal que celebramos com a necessária solenidade. Ele é o sinal de esperança, da
Esse olhar no Menino Deus dependerá de um coração manso e humilde, à imitação ao de Jesus. A mansidão trata e cura nossas irritações, agitações, incompreensões e falta de cordialidade, sendo, assim, um excelente remédio para os tempos difíceis, agressivos e polarizados em que nos encontramos.
Mansidão e humildade não são características de homens e mulheres frouxos, mas sim frutos de uma grande fortaleza de espírito que nos ajuda a não perder a paz e a agir com justiça nas adversidades cotidianas. Mas atenção: “a mansidão não é contrária a uma cólera santa perante a injustiça. Não é mansidão o que serve de refúgio à covardia” (“Falar com Deus”, Francisco Fernández-Carvajal, Quadrante, vol. 1, p. 59).
2023 foi um ano pródigo em embates políticos de toda ordem, como se fosse um “terceiro turno” da eleição presidencial de 2022. Chegando ao seu fim, infelizmente não se faz possível divisar no horizonte algo que sugira estarmos buscando um caminho de pacificação, um caminho de deposição de armas em vista de um bem maior e comum, um caminho de fraternidade. Antes, as fronteiras dos antagonismos ideológicos seguem escancaradas, mas, por misericórdia, não devem invadir a “zona sagrada do Natal” para afrontar o Menino Jesus,
Os prognósticos para 2024 não são dos mais otimistas em razão das múltiplas incertezas políticas e econômicas existentes, noticiadas todos os dias no nosso Brasil. Todavia, com mansidão e humildade, centremos nosso olhar em Jesus Cristo e não temamos pelo que está por vir. Ele nos concede a força, a resiliência e a prontidão para enfrentá-las, pois, insisto, Ele é
Invocando a proteção da Santíssima Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob o título de a “Virgem de Nazaré”, recoloquemos o Menino Jesus no centro da nossa história e peçamos que o “Príncipe da paz” nela reine absolutamente!
Santo, feliz e abençoado Natal!
Abraço fraterno a cada um!