O dinheiro, fruto do trabalho do ser humano, ganho com suor do seu rosto, ele não é seu? Não! O dízimo pertence a Deus! Mas o que isto tem a ver com a Páscoa? Muito simples, Páscoa é o mistério da Redenção de Cristo na cruz para nosso resgate, nossa salvação.
Entendendo a redenção relacionada ao conceito cristão é a palavra resgate. Mas o que é resgate? Pagamento, cumprimento, liquidação, quitação, satisfação. Jesus pagou o preço da nossa libertação do pecado: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20,28); “O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (1 Timóteo 2,6). Sua morte foi uma troca por nossa vida. Na verdade, a Bíblia deixa bem claro que redenção só é possível “pelo sangue” (quer dizer, por Sua morte): “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados (Colossenses 1,14).
Significado do Resgate Divino: o Senhor não cancelou a nossa dívida, mas sim, Ele pagou por ela.
Cristo nos resgatou para Deus através de sua morte na cruz:
“Ele nos resgatou do poder das trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a nossa redenção, a remissão dos nossos pecados” (Colossenses 1,13-14).
Observe o termo “resgatou”, que aparece quando o apóstolo está falando de ser tirado do reino das trevas e ser levado para o reino do Filho de Deus. Depois, afirma: no qual temos a nossa “redenção”! A redenção foi o ato de resgate pelo pagamento da dívida do pecado: “tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz; e tendo despojado os principados e potestades, os exibiu abertamente, triunfando deles na mesma cruz” (Colossenses 2, 14-15).
Significado de despojar: despojar significa: “Privar da posse; espoliar, desapossar”. O despojo somos nós, que fomos resgatados por Ele para Deus e a partir de então passamos a ser propriedade de Deus. É exatamente assim que as Escrituras se referem a nós. Agora somos propriedades de Deus e tudo o que é nosso pertence a Deus. Nem nossa vida nos pertence mais!
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2,9).
A páscoa dos judeus celebra a libertação do povo das mãos dos egípcios. A páscoa cristã celebra a nossa libertação das mãos do pecado e de Satanás.
Assim como o sangue nos umbrais dos judeus os defenderam do anjo destruidor que mataria aos primogênitos, o dizimo repreende o devorador.
Mas quando alguém desobedece o ato ordenado do dízimo, está declarando que Deus não é o dono daquela quantia. E isso não é correto.
Que as fortes cenas da paixão de Cristo ao pagar o resgate da nossa dívida de pecado ao morrer na Cruz por nós, para a nossa redenção, nos faça entender que também devemos sacrificar um pouco de nós para a justiça do reino de Deus. E o seu Dízimo possui essa característica de sacrifício. Seja um fiel dizimista em sua Paróquia.
Pe. Celso de Jesus Ribeiro
Coordenador Diocesano da Pastoral do Dízimo
cj.ribeiro1@gmail.com