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Jesus, um conselheiro ou o Salvador?

Publicado em 6 de março de 2023 - 16:00:47

 

A televisão é um meio de comunicação de massa e ela é capaz de informar, entreter e divertir. Os canais abertos trazem uma grade de programação bastante diversificada, que pode agradar aos públicos de diferentes idades, religiões e culturas. Já os canais pagos têm uma programação mais temática, visando um público específico. Há ainda os canais de filmes, de programas culturais, de desenhos animados, de noticiários, religiosos e, além disso, também existe programação em outras línguas. Um do tipo programação comum nas duas modalidades são os programas de entrevistas.

Os programas de entrevistas acontecem com pessoas convidadas e com temas considerados relevantes. O entrevistador apresenta provocações ou perguntas e o entrevistado responde à sua maneira. Os temas abordados são variados e muitas vezes tocam questões delicadas ou da intimidade das pessoas. Uma linguagem irônica, seja do entrevistador ou do entrevistado, é bem comum. Outra característica desse tipo de show é oferecer uma resposta, como um conselho, e para isso alguns programas contam com a presença de especialista em uma área do comportamento humano como a psicologia. Quando o programa não agrada mais, o espectador pode mudar o canal.

Na relação com Jesus e com o Evangelho, parece que algumas pessoas estão em busca de um conselheiro como nos programas de televisão e não de um Salvador. O conselheiro trata de temas importantes, reflete sobre problemas, traz legitimidade a quentões íntimas e privadas, sem expressar juízo de valores.  O conselheiro atua num palco, em meio aos dramas da vida, que atrai a atenção de quem está assistindo ao programa. O conselheiro, que às vezes é o próprio apresentador, ajuda a revelar segredos, ironiza valores e relativiza a verdade em nome da liberdade pessoal. Tudo que importa é agradar ao público e evitar a mudança de canal.

Tal como a missa não é um programa de auditório (leia aqui o texto da semana passada), Jesus não é um conselheiro. Ele é o Filho de Deus e nosso Salvador. O compromisso de Jesus é com o Pai, que lhe confiou o Reino. A sua pregação não tem objetivo de agradar ao público ou atrair as multidões, mas de suscitar discípulos comprometidos com o Evangelho. A escuta da Palavra deve levar a uma mudança moral e ética dos discípulos, porque eles não são meros convidados ou espectadores de um show. Enquanto o conselheiro procura dar exemplos de vida, o Salvador apresenta um projeto de vida a ser assumido em primeira pessoa. Um projeto definido, claro e objetivo, que não reserva nenhuma surpresa para os discípulos. Com o Evangelho não existe “pegadinha”.

Quem está à procura de um conselheiro se decepciona com Cristo e com o mistério da Cruz. Quem quer transformar a Igreja num palco de shows, falsifica a Verdade do Evangelho e não alimenta os verdadeiros discípulos de Jesus. O Evangelho é exigente, por isso, ele demanda dos pregadores nada menos que o anúncio da verdade e dos discípulos a sinceridade da escuta e da vivência, também os pregadores não podem esquecer que são discípulos. Quem não está buscando a Jesus como Salvador, quem não se deixa corrigir pela Verdade do Evangelho ou quem procura uma pregação agradável aos ouvidos e sem compromisso de conversão, deve livremente trocar de canal e procurar um outro conselheiro, existem muitas outras opções.

Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo de Piracicaba

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