Mais um ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo em progresso!
Longe de querer ser pessimista e contraditório com o título destas linhas, mas apenas externando opinião –enquanto ainda se pode!— de alguém que procura acompanhar os fatos cotidianos de nossa sociedade sem pretensão alguma de “definir a verdade”, chegamos a 2023 tão separados, desconfiados, frustrados, e um tanto mais de “ados”, como estávamos em 2022.
Os abomináveis atos de vandalismo e ignorância coletiva ocorridos no triste domingo, dia 08 de janeiro passado, deram a nota dessa realidade: estamos divididos! Mais: estamos muito, muito doentes!
Diversas autoridades proeminentes de nosso Brasil se manifestaram não em tom de correta reprovação ao que se sucedeu, isto é, com serenidade, altivez e firmeza sempre esperadas, mas com discursos de vingança, de perseguição e de justiça a qualquer preço, degenerando no cometimento de ilegalidades flagrantes e aumentando mais ainda o torpor que silencia e torna cúmplice boa parte da intelligentsia brasileira acerca da relativização de direitos fundamentais tão caros à nossa sociedade e a essa categoria incluídos na Constituição Federal. É óbvio –óbvio ululante se preferir— que os responsáveis por esse desastre cívico têm de ser integralmente responsabilizados, mas nos limites da lei e sem paixões desastrosas que irão gerar, seguramente, mais injustiça num ambiente de aparente “justiça”.
Mas se me permite o conselho,
Por experiência própria, faz muito mal ao corpo e à alma entrar na profundidade dessa patológica problemática, perdendo horas e horas do dia acompanhando noticiários, não desgrudando do celular um minuto sequer, entrando velozmente em polêmicas estéreis de redes sociais cujo único fruto é mais divisão e mais ódio a quem simplesmente tenha opinião contrária ao que você pensa, aqui precisando tomar um cuidado imenso com a “turma do ódio do bem” encontrada em um número nada pouco significativo de (de)formadores de opinião.
Precisamos voltar nosso olhar e, a partir dele, nossas atitudes, para Jesus. Precisamos nos deixar olhar por Ele: olhar que cura e acalma, olhar que convida à conversão, olhar que me compreende e me ama do jeito que sou, olhar que me chama a olhar com os olhos Dele. Sem a ousadia do olhar espiritual sobre as desgraças que nos cercam –e não se esqueça das guerras que ceifam a vida de tantos inocentes mundo afora e das diferenças abissais entre ricos e pobres, para ficar somente nesses exemplos— seremos eternos pessimistas.
Jamais conseguiremos ser felizes a partir de nós mesmos ou dos outros. É preciso deixar que o Ressuscitado nos mostre que Ele é a verdadeira e única Felicidade. Ele sonhou comigo e com você desde toda a Eternidade.
Então, mãos à obra: deixemo-nos moldar pelo Evangelho para nos tornarmos evangelizadores; tenhamos a consciência transcendental de que, nesta Terra, apenas somos peregrinos, pois nosso destino é, um dia, retornar à Casa do Pai; e ajudemos quem mais precisa de ajuda do que nós, pois nesses irmãos e irmãs Cristo se “esconde”.
Com Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe: “Deus te salve, Maria Santíssima, Mãe de Deus Filho, Virgem Puríssima durante o parto, em tuas mãos confiamos nossa esperança para que a encoraje”
Um santo e abençoado 2023! E Um abraço fraterno a cada um!