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Futebol Presbiteral: a última partida da temporada 2022

Publicado em 24 de novembro de 2022 - 09:33:59

“Que padres! Que jogadores! Que futebol bem jogado! Que missa linda!”. É o que já está na boca do povo e, ultimamente, o que tem sido bastante ouvido em nossa Diocese.

Caros irmãos e irmãs, no último futebol presbiteral do ano (21/nov), mais uma vez os padres, com todo seu talento e experiência, demonstraram suas habilidades nas quatro linhas do campo de futebol. Novamente, os meninos do nosso seminário – apesar de uniformizados e treinados – não conseguiram reverter o resultado do jogo anterior. Novamente, os seminaristas tiveram de lidar com o gostinho amargo da derrota para os presbíteros. Dessa vez o placar foi de 11 a 6 a favor dos ministros ordenados, os quais, já em grande estilo, tem apresentado um grande entrosamento, visível num futebol bonito, com tabelas, com belos chutes e com uma defesa impenetrável.

Antes de dizermos sobre o jogo propriamente, é justo (“e necessário”, diriam alguns) dizer sobre a postura dos seminaristas. Vindo de duas derrotas para o time dos padres, os meninos do seminário chegaram com um ar sério, preocupados e focados no jogo, firmes em seguir sua estratégia. Querendo impor esse ar de seriedade e visando demonstrar um bom preparo para o embate desportivo, logo que saíram do vestiário – uniformizados! – se reuniram para um rápido aquecimento e para um acerto de táticas, incluindo os momentos das substituições e qual o time titular escalado.

Os padres que já estavam batendo uma bolinha em campo, rindo e se divertindo por poderem se encontrar mais uma vez, ficaram surpresos de ver os meninos uniformizados. Logo pensávamos: “Nossa! Mas precisava de tudo isso? Vão disputar campeonato? Mas enfim, tá bom, né? Vamos jogar, nós viemos para brincar, nos divertir…” E assim foi: nós, os padres, fomos para o jogo no nosso sempre cordial espírito de “jogo de Igreja”.

Bom, o resultado do jogo vocês já sabem; os detalhes vocês acompanham agora (lembrando que tentamos não exagerar na narração, tal como alguns tem me acusado de o fazer):

Mal começou o jogo, o time uniformizado veio ao ataque algumas vezes sem levar muito perigo ao gol. Chutes a esmo, passes errados, nada que preocupasse nossa zaga e nosso goleiro. Ao contrário dos seminaristas, nosso entrosado time logo chegou ao gol adversário. Com 10 minutos de jogo já tínhamos uma vantagem de dois gols. Após o término do primeiro tempo, o placar era de 5 a 1 para os padres, com direito a um pênalti perdido pelos seminaristas no último lance de jogo antes do intervalo.

Durante o intervalo, os padres (que não tinham reservas para fazer substituições) aproveitaram para se hidratar e para descansar. Os seminaristas, visivelmente cansados e abatidos pelo resultado, estavam sedentos (não só por água, mas por um bom futebol) e aproveitaram do intervalo para redefinir algumas táticas em sua escalação. Voltando para o segundo tempo, os padres marcaram mais um gol e os seminaristas até esboçaram uma reação ao fazer dois gols logo em seguida, mas aí o resultado já estava posto. Os padres, na experiência, com um toque de bola cativante, envolveram os meninos no jogo e foram administrando o resultado até o placar final de 11 a 6 para os padres. Festa para o clero, incredulidade aos seminaristas, que não conseguiam acreditar que, mesmos uniformizados, não foram páreos para os padres.

P.s.: Espero que, após esse texto descritivo, fique claro que eu busco ser justo e não peso a verdade dos fatos do jogo do futebol a favor dos padres, para preservar nossa boa imagem como jogadores. “Alô, Tite…”

Time dos padres: (ordem alfabética) Pe. Antônio Alves Dias, CSS; Pe. Arlon Niquison Beltrão da Silva; Pe. Claudemir da Silva; Pe. Claudio Furlan; Pe. Danilo Rubia Soares; Pe. Jiucinei Vandes de Jesus Cambuí, CSS; Pe. José Geraldo Campos Penido; Pe. Jucimar Bitencourt; Pe. Ricardo Martins; Pe. Vicente Batista de Paiva, SJS; e Diac. Marcos Antônio Canobre.

Time dos seminaristas: Alison Henrique Domingos (1º ano teologia), Anderson Roberto Vasques (propedêutico), Carlos Augusto Moreira Zocca (3º ano filosofia), David Wilian Gomes da Costa (3º ano filosofia), Dyeison Gabriel José Sinfrônio (3º ano filosofia), Felipe Mendes Quibao (propedêutico), Gustavo Sturion Mazzucatto (1º ano filosofia), Jessé Firmo da Silva (propedêutico), Marcos Roberto Dias Sales (3º ano filosofia) e William Carlos dos Santos (3º ano filosofia).

Brincadeiras à parte, para encerrar nossa última postagem desse ano de 2022, quero terminar o texto recordando uma fala de nosso Bispo Diocesano, Dom Devair Araújo da Fonseca, concedida numa recente entrevista a uma rádio local. Ao responder uma pergunta do radialista, Dom Devair comentou algo acerca do futebol presbiteral dizendo: “É uma coisa espontânea e que acontece com muita alegria. Fica uma coisa gostosa, um ambiente bom de conversas e de brincadeiras. E nesses momentos reforça-se os laços afetivos e de amizade entre as pessoas. O esporte tem dessas coisas”.

Em cima de tal fala de nosso Bispo, quero reforçar que é exatamente esse o nosso propósito no Futebol Presbiteral. Segundo os clérigos e seminaristas que tem participado desses encontros, tais momentos são sim uma boa oportunidade para a construção de uma maior fraternidade presbiteral. E, de fato, esse é o principal intuito desses nossos momentos mensais. Reunimo-nos muito mais do que somente para um jogo de futebol ou para uma brincadeira de cartas, ou para um momento de confraternização entre amigos. Trata-se, realmente, de um momento vocacional, de recordar o porque e o para que o Senhor nos chama e quais são nossos irmãos que, conosco, trabalham em prol da vocação e missão presbiteral.

Irmãos e irmãs, em nossas orações, coloquemos sempre nosso Bispo Diocesano, Dom Devair, nosso bispo emérito, nossos padres, nossos diáconos, os religiosos e religiosas, nossos seminaristas, e todos os vocacionados, para que sejamos fiéis ao testemunho e anúncio do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. E rezemos para que o espírito fraternal, sadio e alegre, também vividos nesses momentos de esporte e confraternização, continue movendo esses homens de Deus no caminho da santidade no estilo de vida presbiteral em favor da Igreja e de todo Povo Santo de Deus.

Para o próximo ano, esperamos continuar com esse bom momento de convivência e com essa alegria de podermos nos divertir um pouco com o “futebol dos padres”. Esperamos continuar com um pouco de “zoeira” nas postagens para continuarmos levando a nossa alegria de sermos cristãos, de sermos padres e seminaristas católicos, a todo nosso povo em nossa Diocese de Piracicaba.

A todos que têm nos acompanhado nessas postagens, em Cristo, desejamos:
Um fraterno abraço,
Uma boa preparação espiritual ao espírito de acolhida, paz e fraternidade em Advento,
E um santo e feliz Natal do Senhor!
(E contamos sempre com suas orações…)

Pe. Claudio Furlan
Presbítero da Diocese de Piracicaba

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