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Dízimo: opção temporária ou permanente?

Publicado em 10 de novembro de 2022 - 17:15:54

O dízimo, embora seja mandamento da Igreja Católica, é opcional e deve ser visto como opção pastoral permanente, não como campanha financeira temporária. No Estudo da CNBB nº 8, em sua página 51, lê-se: “O sistema do dízimo parece pastoralmente rico, portanto, enquanto sistema de contribuição: a) sistemática (mensal, por exemplo); b) de compromisso moral com a comunidade (não jurídico); c) fixado de acordo com a consciência formada de cada um (sem índice aritmético)”. Assim, o dízimo não é promoção para ganhar mais dinheiro para a Igreja. Entender o dízimo como fórmula para solucionar problemas econômico-financeiros da paróquia ou diocese é um grande erro.

O dízimo é uma expressão de fé daquele que participa da vida da Igreja, mas de uma fé amadurecida; é uma contribuição livre e espontânea que emerge do amor comunitário em prol da evangelização. “Por meio do dízimo, que é uma contribuição motivada pela fé, os fiéis vivenciam a comunhão, a participação e a corresponsabilidade na evangelização” (Doc 106 da CNBB, nº5, pág. 13).

A consciência de Igreja --“Povo de Deus”-- e a suscitação em cada pessoa do compromisso com a vida comunitária são características fundamentais despertadas pelo dízimo. A Igreja é a nossa família, ou seja, a família dos filhos de Deus, e é pelo batismo que passamos a fazer parte dessa família. Como qualquer outra família, a Igreja precisa da participação de todos os seus membros. Não podemos dizer que somos Igreja só pelo fato de termos recebido os sacramentos e participarmos das missas, sem inserção comunitária. Nós somos Igreja na medida em que participamos e colaboramos com ela e o dízimo proporciona essa comunhão com a Igreja mais de perto.

A primeira finalidade pastoral do dízimo é criar na comunidade cristã a “consciência de Igreja”, tendo em vista a evangelização. Os frutos desta conscientização e da participação na vida da Igreja são os recursos materiais que possibilitam a ela cumprir a sua missão. 

Em muitas comunidades prevalece uma visão economicista do dízimo. Para superar esta compreensão errônea sobre o dízimo necessita-se de uma contínua e profunda formação da consciência. “Isto coloca a restauração do sistema do dízimo, para ser realmente pastoral, na linha de uma constante formação da consciência. É só através disso que o cristão não verá a sua liberdade constrangida e descobrirá seu ato de contribuir dignificado dentro de uma dimensão religiosa” (Estudo da CNBB, nº8, pág. 53).

Pe. Celso de Jesus Ribeiro
Coordenador Diocesano da Pastoral do Dízimo
cj.ribeiro1@gmail.com

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