A Diocese de Piracicaba abrange 15 cidades e 14 delas fazem parte da (ainda nova) Região Metropolitana de Piracicaba (RMP), que foi criada em agosto de 2021 e engloba, ao todo, 24 municípios. Neste ano de 2022, é a primeira vez que os eleitores destas localidades votam, enquanto moradores de uma região metropolitana, para presidente, governador, deputados estaduais, federais e senadores. Mas o que isso representa, na prática, na vida das pessoas e suas famílias?
Para começar, é preciso ter consciência de que uma região metropolitana é criada – pelo menos do ponto de vista “técnico” – com o objetivo de potencializar os recursos públicos existentes, distribuindo-os para as cidades participantes com base em um planejamento integrado e regional, buscando o melhor aproveitamento dos recursos em benefício do maior número possível de pessoas.
Esse “olhar” regionalizado, em tese, deve orientar ações nas mais diversas áreas: infraestrutura, saúde, transporte, turismo, preservação do meio ambiente, recuperação dos recursos naturais; e também estratégias para alavancar o desenvolvimento econômico da região, com estímulo a investimentos para geração de empregos e renda, entre outras iniciativas.
Diante dessas oportunidades que a criação da RMP oferece, a Diocese de Piracicaba, por iniciativa do bispo Dom Devair Araújo da Fonseca, com a colaboração do clero, de leigos e das pastorais, tem incentivado medidas no território diocesano que visam a conscientizar os eleitores sobre a importância de se escolher bem seus representantes, especialmente entre os candidatos que possam, de fato, representar e defender os interesses da RMP nos cargos em disputa neste ano.
Entre as medidas de conscientização estão os eventos e reuniões, presenciais e on-line, para divulgação da Cartilha de Orientação Política 2022 – produzida pelo Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; encontros de formação nas paróquias para apresentar o material; este e outros artigos e matérias publicados no site de notícias da Diocese (www.emfoco.org.br) sobre temas relacionados às eleições; encontro com lideranças políticas das cidades da Diocese com intuito de expor como a Igreja Católica se posiciona oficialmente em relação à política e à disputa eleitoral.
Como o próprio Dom Devair já pontuou em uma dessas ocasiões, “a Igreja Católica não faz indicação de candidatos, mas sua posição oficial é a de ajudar a formar a consciência das pessoas para que possam escolher bem seus representantes. No que diz respeito aos períodos de eleições, a Diocese de Piracicaba respeita a Legislação Eleitoral e, principalmente, guia-se pelo Evangelho e pela Doutrina Social da Igreja Católica Apostólica Romana, válida para o mundo todo. Sendo assim, independentemente do período, sua atuação não deverá ter caráter partidário de qualquer coloração, mas, por meio da formação e da conscientização, buscará sempre oferecer uma contribuição para o bem comum, a justiça e a solidariedade”.
Diocese na RMP
O território diocesano é composto pelos municípios de Águas de São Pedro, Capivari, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro, além de Santa Bárbara d’Oeste – que já pertencia e permanece ligada à Região Metropolitana de Campinas.
Também integram a RMP as cidades de Analândia, Araras, Conchal, Cordeirópolis, Elias Fausto, Iracemápolis, Leme, Limeira, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Em um novo artigo, nos próximos dias, voltaremos a tratar da importância destas eleições para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Piracicaba e o quanto o seu voto consciente pode contribuir.