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Encíclica Sollicitudo Rei Socialis – parte 2

Publicado em 19 de maio de 2022 - 17:31:23
O Papa João Paulo II, na encíclica Sollicitudo Rei Socialis, afirma que os mecanismos econômicos, financeiros e sociais são “manipulados – de maneira direita ou indireta – pelos países mais desenvolvidos, por seu próprio funcionamento favorecem os interesses de quem os manipula e acabam por sufocar ou condicionar as economias dos países menos desenvolvidos. É preciso submeter esses mecanismos a uma análise atenta, sob o aspecto ético-moral” (p. 654). A encíclica Populorum Progressio “previa que com tais sistemas a riqueza dos ricos aumentaria e a miséria dos pobres seria mantida” (p. 654).
 
Dois grandes problemas que afetam o mundo são citados na encíclica: falta de moradia e o fenômeno do desemprego e do subemprego. “A falta de habitações verifica-se em plano universal e se deve, em grande parte, ao fenômeno sempre crescente da urbanização. Até os povos mais desenvolvidos oferecem o triste espetáculo de indivíduos e de famílias que literalmente lutam para sobreviver, sem um teto, ou com um abrigo tão precário que é como se não existisse” (p. 655). Mesmo em países “parece que as fontes de trabalho se contraem; e assim, as possibilidades de emprego em vez de aumentarem, diminuem” (p. 655).
 
A encíclica salienta que os “países de independência recente, que se esforçam por adquirir a própria identidade cultural e política e que teriam necessidade da contribuição eficaz e desinteressada dos países mais ricos e desenvolvidos, encontram-se implicados – algumas vezes mesmo compelidos – nos conflitos ideológicos, que geram inevitáveis divisões no seu seio” (p. 658). As consequências são “milhões de refugiados, aos quais as guerras, as calamidades naturais, as perseguições e as discriminações, de todas as espécies, privaram da própria casa, do trabalho, da família e da pátria.
 
Outro fato que o Papa João Paulo II chama a atenção em sua encíclica é sobre o controle da natalidade. Diz o Papa: “parece ser algo muito alarmante verificar em numerosos países a difusão de campanhas sistemáticas contra a natalidade, por iniciativa dos próprios governos, em contraste não só com a identidade cultural e religiosa dos mesmos países, mas também com a natureza do verdadeiro desenvolvimento” (p. 662). Alguns países desenvolvidos colocam como condição para empréstimos e auxílio em projetos sociais campanhas a favor do controle da natalidade.
 
Há fatos positivos acontecendo como o surgimento “da plena consciência, em muitíssimos homens e mulheres, da dignidade própria e da dignidade de cada ser humano. Esta tomada de consciência exprime-se, por exemplo: na preocupação, mais vivida por toda parte, com o respeito dos direitos humanos, e na rejeição mais decidida das suas violações” (p. 662). Outro é “uma maior consciência dos limites dos recursos disponíveis e da necessidade de respeitar a integridade e os ritmos da natureza e de os ter em conta na programação do desenvolvimento” (p. 663).
 
O Papa também reconhece o empenho de tantos homens do governo, políticos, economistas, sindicalistas, personalidades da ciência e funcionários internacionais  “em remediar generosamente, com não poucos sacrifícios pessoais, os males do mundo; em lançar mão de todos os meios, para que um número cada vez maior de homens e mulheres possa usufruir do benefício da paz e de uma qualidade de vida digna desse nome” (p. 663),  As grandes organizações internacionais e algumas organizações regionais também contribuem para isso.
 
Pe. Antônio Carlos D´Elboux – acdelboux@uol.com.br
Pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria
Rio Claro
 
REFERÊNCIA
LESSA, Luiz Carlos. Dicionário de doutrina social da Igreja: doutrina social da Igreja de A a Z. São Paulo: LTr, 2004.
 
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