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A importância da comunicação na família

Publicado em 16 de agosto de 2021 - 08:59:06

Família. Se recorrermos ao dicionário para entendermos o significado desta palavra, vamos ali encontrar: “Grupo de pessoas vivendo sob o mesmo teto”; “Grupo de pessoas com ancestralidade em comum”. De fato, o sentido é esse, mas, mais do que apenas dividir o mesmo teto e a mesma ancestralidade, é um grupo de pessoas altamente conectadas a partir de vias afetivas, cada qual com o seu papel e importância. Porém, com os desafios da vida contemporânea, sabemos que, muitas vezes, a vida familiar encontra os seus desafios para se manter como um ambiente de integração e amorosidade.

Dentre diversas dificuldades que observamos, podemos entender a comunicação como uma lacuna importante nas relações familiares. E, ao mesmo tempo, nos perguntamos como isso é possível, pois nunca tivemos tantos meios de comunicação disponíveis e facilitadores para que essa comunicação aconteça. Então, talvez possamos nos perguntar: A nossa atenção está voltada exatamente para o que precisamos fazer, pensando em nossas responsabilidades e circunstâncias, ou para as coisas que nos são mais convenientes e fáceis?

Temos as ferramentas para facilitar a nossa comunicação em geral, mas elas também têm nos afastado do olho no olho, das situações em que somos mais exigidos do que simplesmente “rolar o dedo” por uma tela: nosso filho solicitando nossa presença em uma brincadeira, nosso cônjuge aguardando por uma conversa sobre algum assunto importante. Então, o círculo vicioso muitas vezes instala-se exatamente aí: cada um em seu canto, com suas próprias abstrações, enquanto temos um certo cansaço que nos abate e onde deixamos que nossa afetividade não seja alimentada – sim, pois precisamos da presença e da atenção para que isso aconteça. E as consequências, muitas vezes, se fazem presentes: casais que vão para a separação por coisas (simples) que não foram ditas ou esclarecidas; filhos que não sabem qual o pensamento da família – e que podem pedir ajuda - sobre as próprias dificuldades que estão passando, dentre diversas outras coisas que podem aqui caber quando falamos sobre dificuldades.

Ou seja, sem diálogo e comunicação não há conexão. Pode haver a questão sanguínea, o teto sobre a cabeça, porém não construímos laços firmes com quem dividimos a vida. E, obviamente, perdemos a oportunidade para amar e admirar mais nossos familiares: amos e admiramos aquilo a que conhecemos mais profundamente.

Então, vamos pensar e refletir sobre algumas atitudes que muitas vezes temos, mas que podem ser prejudiciais para a comunicação em família?

 

  • Fugir de conversas necessárias: se dedique a falar de coisas que podem até soar como incômodas, porém, uma vez dirimidas, melhoram a relação de todos os membros da família;
  • Conversar na defensiva: na família, não deve existir espaço para o ganha-perde, todos devem ganhar em amor, confiança e respeito;
  • Adotar posturas como sarcasmo, ironia e cinismo durante os momentos de diálogo: isso repele e diminui o outro, arruinando o objetivo de união e conexão;
  • Proferir frases com tom de cobrança, acusações ou chantagens;
  • Subir o tom: nem o volume, nem com palavras que tem o objetivo de ferir ou menosprezar os sentimentos e conduta do outro.

 

Mas o que podemos fazer, então, para melhorar a comunicação familiar?

 

  • Buscar entender a individualidade do outro: ouça o que cada pessoa tem a dizer com atenção e respeito;
  • Aprender a ceder pelo bem do conjunto familiar: flexibilizar entendimentos ou ações facilitam a chegar a um diálogo mais recíproco;
  • Dar mais ênfase nas concordâncias do que nas oposições: vamos sempre discordar em alguns pontos, porém a tônica deve ser para o que une;
  •  Validar o que o outro sente, mesmo que eu não concorde completamente;
  • Usar expressões que mostrem seu interesse genuíno pelas pessoas: “Concordo com isso”, “Entendo que...”, “Você tem razão neste aspecto”;
  • Buscar, em todos os momentos, a suavidade e a clareza: comunicação também pode ser violenta, o que não ajuda a sedimentar a união.

 

Portanto, é de suma importância que nos atentemos a como vamos construindo as nossas relações familiares, pois relacionamentos familiares saudáveis contribuem na construção de indivíduos mais seguros, confiantes e com uma capacidade de viver melhor, muitas vezes até nas dificuldades que encontramos pela vida. E, com certeza, a comunicação madura engrandece essas relações e colaboram nessa construção.

“Quer fazer algo pela paz mundial? Vá para casa e ame a sua família.” (Madre Teresa de Calcutá)

Com carinho,

Natalia Mondoni
Psicóloga
Instagram 
@psinataliamondoni

 

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