Eu sei que às vezes temos a impressão de que o tempo passa na velocidade da luz. E, cá estamos, com o segundo semestre do ano em andamento. Um ano, sem dúvidas, com muitas controvérsias, dificuldades, desafios maiores do que o habitual, mas também cheio de oportunidades. Afinal de contas, nossa vida é sobre isso: não ser uma linha reta, estável, mas com seus altos e baixos. E, independentemente das dificuldades que já vislumbrávamos no início deste ano, com certeza você pensou e planejou novos projetos, novos sonhos, novos objetivos. E, analisando os meses que passaram, como você olha para estes objetivos: nem se lembra que existiram, com pesar por não ter tido êxito, ou feliz por ter chegado aonde queria?
O fato é que é muito importante termos esta perspectiva de planos e objetivos, sonhos a serem realizados. Isso nos dá motivação e esperança, inclusive, para dias melhores. Mas é importante considerarmos, também, como pensamos na realização destes nossos objetivos, a começar pelas próprias metas: estabeleço metas inatingíveis ou objetivos que são difíceis de serem atingidos? Sou exigente a ponto de ter uma forma específica de realizar determinado projeto, e me privo de enxergar, até mesmo, as minhas pequenas vitórias?
Por isso, é importante pensarmos, sobretudo, que qualquer mudança que desejamos implantar ou qualquer projeto que desejamos tocar é parte de um processo. O processo nos faz caminhar num determinado ritmo, respeitando as nossas habilidades, mas nos faz não desistir, apesar do desânimo, das dificuldades, dos erros. É corrigir o que precisa e voltar para o rumo. É ter a paciência necessária para deixar o tempo fazer o papel dele em nossas mudanças e alterações.
Para isso, podemos pensar em um conceito de quatro “C’s” que podem nos ajudar muito a enxergar como ir adiante com os nossos projetos e sonhos:
Curiosidade: Para pensar nas melhores alternativas, para enxergar além daquilo que conhecemos e nos estimular a ver novas perspectivas e possibilidades;
Confiança: De saber do potencial que cada um carrega dentro de si, de saber onde está caminhando e nas próprias escolhas;
Coragem: De abandonar aquilo que nos amarra, de enfrentar os medos, de dar aquele passo a mais. E, o mais importante: a coragem vem através de ações que são realizadas sistematicamente;
Constância: Olhar para as nossas circunstâncias e, apesar das nossas dificuldades, fazer o que precisa ser realizado com alegria e maturidade, não sendo orientados somente pelo princípio do prazer ou pelo que é mais fácil. Trata-se de encontrar a felicidade em fazer o que precisa ser feito versus o que me agrada.
Portanto, é muito importante buscarmos certo equilíbrio, fugindo dos extremos. Pensar em fazer o que precisamos fazer, num ritmo que respeite nossas limitações humanas, mas com o desejo de superá-las. Não nascemos para a mediocridade, podemos sempre melhorar! Traçar um caminho que embarque todas as nossas possibilidades, mas que nos compadeça quando ainda estamos a caminho do nosso melhor parece ser uma boa pedida.
E, o mais importante: sempre com muita fé.
Com carinho,
Natalia Mondoni
Psicóloga
Instagram @psinataliamondoni