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As festividades juninas e o dízimo

Publicado em 17 de junho de 2021 - 16:41:35
As festas juninas têm em suas raízes elementos de tradições pagãs romano-germânicas que, ao longo da história, foram cristianizadas e, com influência da Igreja Católica, passaram a reverenciar os santos, que são exemplos de vida cristã e fiéis seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
No Brasil, desde pelo menos o século XVII, no mês de junho, comemoram-se as chamadas “Festas Juninas”, que possuem esse nome por estarem associadas ao referido mês. Sabemos que, além daquilo que caracteriza tais festas, como trajes específicos, comidas e bebidas, fogueiras, fogos de artifício e outros artefatos feitos com pólvora (como bombinhas), há também a associação com santos católicos, notadamente: São João, Santo Antônio e São Pedro. Mas quais são as raízes das festas juninas?
 
Origem das festas juninas
As festas populares juninas são mais antigas que o cristianismo. São originárias nos rituais dos antigos povos germânicos e romanos. Os povos que habitavam as regiões campestres (celtas, bascos, egípcios e sumérios), na antiguidade ocidental, prestavam homenagens a diversos deuses aos quais eram atribuídas as funções de garantir boas plantações, boas colheitas, fertilidade etc. Geralmente, tais ritos (que possuíam caráter de festividade) eram executados durante a passagem do inverno para o verão, que, no centro-sul da Europa, acontece no mês de junho.
 
Havia oferendas de comidas, bebidas e animais às divindades pagãs. Havia rituais que implicavam o acendimento de fogueiras e de balões (semelhantes aos que hoje são feitos com papel de seda), entre outros modos de comemorações, como danças e cânticos. Havia muitas danças ao redor das fogueiras para espantar maus espíritos.
 
Na transição da Idade Antiga para a Idade Média, com a cristianização dos romanos e dos povos bárbaros, essas festividades passaram a ser assimiladas pela Igreja Católica, que, como principal instituição do período medieval, soube também diluir o culto aos deuses pagãos do período junino e substituí-los pelos santos.
 
A religiosidade popular absorveu de forma muito profunda essa mistura das festividades pagãs com a doutrina cristã. Nas regiões do Sul da Europa, sobretudo na Península Ibérica, onde o catolicismo desenvolveu-se com muita força no fim da Idade Média, essas tradições tornaram-se plenamente arraigadas.
 
Com a colonização do Brasil pelos portugueses a partir do século XVI, as festividades juninas aqui foram se estabelecendo, sem maiores dificuldades, e ganhando um feitio próprio.
 
As comemorações das festas juninas no Brasil, além de manterem as características herdadas da Europa, como a celebração dos dias dos santos, também mesclaram elementos típicos do interior do país e de tradições sertanejas, forjadas pela mescla das culturas africana, indígena e europeia. Sendo assim, as comidas típicas (como a pamonha), as danças, o uso de instrumentos musicais (como a viola caipira) nas festas, etc., refletem milênios de tradições diversas que se fundiram.
 
E qual a relação das festas juninas e o dízimo?
Ao oferecerem comidas, bebidas e animais às divindades pagãs em suas festas e rituais para garantir boas plantações e boas colheitas e a fertilidade, os povos da antiguidade nos sugerem a relação de gratidão que nós, cristãos, devemos ter com Deus em razão de tudo aquilo que Ele nos dá. Doando parte do que d’Ele recebemos, reconhecemos a Divina Providência em nossas vidas.
 
Embora a relação do dizimista com Deus não deva ser de espera de retribuição (Teologia da Prosperidade), não podemos ignorar o gesto de amor de Deus aos que ofertam, conforme está expresso nas Escrituras. Deus nos abre as comportas de chuvas de bênçãos quando somos generosos na partilha, como nos diz o profeta Malaquias: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. (Ml 3, 10).
 
Os israelitas davam 10% do que colhiam da terra e do trabalho, daí nos vem à palavra Dízimo, que significa a décima parte, 10% daquilo que ganhamos. Como Deus é bom, Ele nos dá tudo, deixa nove partes para fazermos o que precisarmos e quisermos, e nos pede o retorno somente de uma parte! Desse modo, somos todos convidados a ofertar, de fato, a décima parte. 
 
É muito importante, no entanto, irmãos, que tenhamos a consciência de que o dízimo não é esmola, nem sobras, nem muito menos migalhas, porque Deus não precisa! Ele simplesmente quer nossa gratidão, quer que ofertemos com alegria, reconhecimento e liberdade. Embora a palavra Dízimo tenha o significado de décima parte ou 10%, cada um deve definir livremente, segundo o nosso coração, qual será o percentual de nossos ganhos que devemos destinar ao dízimo.
 
Experiências têm comprovado que aqueles, que na confiança das promessas divinas, optaram pelo dízimo integral, pela oferta de 10% de tudo que ganham, não se arrependeram e nem sentiram falta em seus orçamentos. Ao contrário, sentiram-se muito abençoados e agraciados. Há muitos dizimistas que dão este testemunho: “Quanto mais oferecemos de dízimo, mais ganhamos em graças!” 
 
Muitas vezes nos questionamos, como cristãos, o quanto devemos oferecer de Dízimo, e o Apóstolo Paulo vem com clareza nos mostrar que devemos ofertar conforme o impulso do nosso coração, sem tristeza nem constrangimento. Pois Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor 9,7).
 
Queridos irmãos dizimistas, não devemos nos preocupar com o que sai do nosso bolso: se é muito ou pouco dinheiro, mas sim com a quantidade de Amor que sai do nosso coração! O dizimo é um ato de fé em Deus, não deixa na mão os que nele confiam! (Fonte: Internet)

Pe. Celso de Jesus Ribeiro
Animador Diocesano da Pastoral do Dízimo
cj.ribeiro1@gmail.com
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