Não podemos falar daquilo que não praticamos. Todas as lideranças da comunidade devem ser dizimistas — ao menos, por testemunho de fé.
Alguns pensam estar isentos por já prestarem serviços à Igreja. No entanto, apenas o fiel que, temporariamente, está sem rendimentos pode substituir o dízimo em dinheiro pela oferta de seu tempo, até que reorganize sua vida. Quem deixa de ser dizimista por estar engajado em atividades paroquiais está, na prática, cobrando pelos serviços prestados ao Senhor.
O primeiro dever de quem crê é ser fiel e obediente a Deus, começando pela partilha dos frutos do próprio trabalho. Muitos, além de contribuírem com o dízimo, dedicam também o pouco tempo livre que possuem. E a maioria é assim: generosa e comprometida.
Esta é a grande riqueza de nossas comunidades: pessoas que se doam e se colocam a serviço do Evangelho. Homens e mulheres que trabalham para sustentar suas famílias e, mesmo depois de um dia de labor, oferecem à comunidade o tempo que seria destinado ao descanso.
Deus tem por esses servos e servas um carinho especial. Nossas paróquias estão cheias de pessoas assim, muitas delas há tantos anos em serviço que mereceriam uma placa de “honra ao mérito” pelos benefícios prestados não apenas à Igreja, mas também à sociedade. Agem no silêncio, sem buscar reconhecimento ou proveito próprio.
É comum ver casais inteiros a serviço da pastoral e, depois, seus filhos seguindo o mesmo caminho. Quando o dízimo é bem organizado, essas famílias encontram na comunidade o necessário para cumprir sua missão e fortalecer sua fé. O testemunho desses irmãos e irmãs é precioso — não podemos perdê-los.
Se até eles, tão dedicados, são dizimistas, quem estaria dispensado de ser?