Dízimo é ação de graças, não é pagamento. Deus não é comerciante. Sejamos dizimistas ou não, atos de fidelidade nos cabem. E, por graça divina, aquilo que, em obediência, entregamos a Deus é usado para o nosso próprio bem. A maioria dos cristãos compreende claramente tudo isso, e muitos entregam a Deus, por meio do dízimo, exatamente o que a Bíblia recomenda: 10% de tudo o que recebem. A Igreja Católica nos dá liberdade. Podemos entregar no altar o que nossa consciência determinar, na esperança de que seremos justos, sem levar ao altar menos do que deveríamos entregar a Deus. É importante considerar que aquele que não é justo com Deus está retendo para si algo que não lhe pertence.
O dizimista mais consciente tem o dever cristão de dar seu testemunho àqueles que ainda não são dizimistas. Deve, inclusive, ir ao encontro dos conhecidos, sem medir esforços e sem negar seu testemunho. O dizimista que der seu testemunho vai se sentir muito bem, e a comunidade será beneficiada, pois, com a ajuda dos próprios dizimistas, despertará em outros irmãos o prazer de frequentar a igreja e de se integrar aos demais.
Se você afirma ter fé, seja dizimista para que não duvidem de você. Pesquisas indicam que quase 100% da população acredita em Deus. Dizer que se tem fé é muito bom, mas é pouco. Precisamos conhecer melhor o Deus em quem acreditamos e, posteriormente, fazer com que outros também o conheçam. Se está sendo bom para mim conhecê-Lo, amá-Lo, adorá-Lo, devo desejar para meus irmãos esta mesma alegria que estou sentindo.
Posso demonstrar minha fé de várias maneiras: indo ao encontro do meu irmão, convidando-o para estar comigo na Igreja, dando meu testemunho pessoal e relatando como tem sido bom para mim conhecer melhor a Deus. No entanto, a forma mais prática que a pessoa de fé encontrou ao longo da história para demonstrar sua fé é sendo dizimista.
Muitos, além de serem dizimistas, são também catequistas, ministros da Palavra, ministros da Eucaristia; outros ministram cursos de batismo e de casamento para os noivos; outros preferem cuidar das obras da igreja; alguns têm o dom de tocar instrumentos e cantar. Há os que se dedicam à oração, os que preparam a sagrada Liturgia da Missa, e há muitas outras funções na Igreja. Deus nos concedeu um dom especial. Todos devem colocar seus dons a serviço da Comunidade.
Tudo o que fazemos a mais, além de sermos dizimistas, Deus recebe com um carinho todo especial; contudo, nada nos dispensa de apresentar nosso sacrifício no altar. Nossas obras na igreja não substituem nosso dízimo.