Apenas nas últimas 24 horas, 9740 pessoas tiveram que deixar suas casas em razão das chuvas que atingem o Estado de Minas Gerais. Subiu para 376 o número de cidades em situação de emergência devido aos temporais nas últimas semanas. O número corresponde a 44% de todo o Estado, que possui 853 municípios.
A campanha #SOS Bahia e Minas Gerais: Solidariedade que transborda, realizada pela Cáritas Brasileira e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 11 de dezembro, vem se mobilizando a doação de recursos para os desabrigados e desalojados.
As comunidades de fé da arquidiocese de Belo Horizonte, com a articulação do Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental (Veaspam), estão unidas para ajudar as vítimas e os desabrigados pelas chuvas na região metropolitana de Belo Horizonte, por meio da Solidariedade em Rede, que reúne paróquias da arquidiocese de BH.
Diversos pontos de acolhimento aos desalojados e desabrigados estão funcionando na arquidiocese de Belo Horizonte, assim como locais para recebimento de donativos. Até o momento, somente na região de Brumadinho, cerca de 200 pessoas desabrigadas ou desalojadas foram acolhidas nas estruturas das Igrejas da arquidiocese de BH onde estão recebendo as três refeições diárias. As doações em valores podem ser feitas por meio de duas contas bancárias ou PIX.
O bispo auxiliar de Belo Horizionte, dom Vicente Pereira, reforça que a arquidiocese está acompanhando de perto das comunidades, com especial atenção para os desalojados. Ele conta que a arquidiocese organizou pontos estratégicos para recebimento das ofertas e acolhida dos atingidos.
Um novo ciclo de cuidado com a Casa Comum
Na tarde desta quinta-feira, 13 de janeiro, o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB se reuniu virtualmente com o governador do Estado de MG, Romeu Zema, para tratar da situação das comunidades e oferecer ajuda da Igreja na elaboração de iniciativas para amparar as vítimas das enchentes.
O arcebispo pontuou que é necessária uma grande mobilização para lidar com as causas das tragédias, alertando que o problema não são as chuvas, mas o modo inadequado de tratar o meio ambiente, um problema histórico.
Nas visitas às comunidades, o presidente da CNBB ressaltou ter visto muito sofrimento e muita decepção mas ao mesmo tempo a solidariedade das pessoas e da Igreja. Dom Walmor defende ser necessário fechar um ciclo e abrir um novo ciclo com legislações mais rigorosas sobre o meio ambiente.
Saiba onde doar (aqui).
Texto: CNBB
Foto: Arquidiocese de BH