Todos nós batizados somos chamados a ser santos. Há, atualmente, uma extensa lista de brasileiros que podem chegar à glória dos altares. Entre esses nomes há pessoas que viveram a plenitude do Evangelho e de sua fé servindo ao Senhor e ao próximo em nossa diocese. É o caso do Irmão Roberto Giovanni (1903–1994), da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos), que desenvolveu um apostolado voltado à caridade na cidade de Rio Claro.
A Congregação para a Causa dos Santos promulgou hoje, 28 de outubro, mediante autorização do Papa Francisco, Decreto que aprova as Virtudes Heroicas do Servo de Deus Ir. Roberto Giovanni. A partir desse momento o Servo de Deus Ir. Roberto Giovanni foi declarado Venerável.
Os processos para a beatificação e posteriormente canonização já estão sendo analisados pela Congregação para a Causa dos Santos, da Santa Sé, no Vaticano. A Congregação, que em latim significa “Congregatio de Causis Sanctorum”, é uma prefeitura da Cúria Romana que processa o complexo trâmite que leva à canonização dos santos, passando pela declaração das virtudes heroicas (reconhecimento do estatuto de venerável) e pela beatificação.
Irmão Roberto Giovanni – O Venerável Roberto Giovanni nasceu em 16 de março de 1903, em Rio Claro. Como religioso da Congregação dos Estigmatinos trabalhou em Castro (PR), Ituiutaba (MG), Morrinhos (GO) e nas cidades paulistas de Rio Claro, Caconde e Casa Branca. Alma generosa, coração aberto e mente preparada para o contínuo exercício do bem foi um evangelizador incansável, que desenvolveu um apostolado inteiramente voltado à caridade. Fervoroso devoto de São Gaspar Bertoni, fundador da Congregação Estigmatina, dedicou especial atenção às crianças carentes, idosos, enfermos, pobres, presidiários e migrantes assistindo-os material e espiritualmente, e levando a Sagrada Eucaristia aos acamados, ininterruptamente, por anos e anos. O processo foi iniciado no dia 16 de março de 2003, dia do centenário do seu nascimento, na cidade de Casa Branca, Diocese de São João da Boa Vista, responsável pela primeira parte do processo, após o “nada obsta” da Congregação das Causas dos Santos. Irmão Roberto faleceu em 11 de janeiro de 1994, aos 90 anos de idade. Os moradores de Casa Branca quiseram que seu corpo fosse sepultado no mesmo Santuário onde ele serviu pela maior parte de sua vida.