A agente Verônica, da Pastoral do Surdo de Santa Bárbara d’Oeste, grava o Evangelho em Libras
O dia 26 de setembro é o Dia Nacional dos Surdos. É importante que a Igreja se abra cada vez mais ao acolhimento dos surdos. Há um ano o site da Diocese de Piracicaba oferece o Evangelho dominical na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Esta ação, que possibilita a inclusão das pessoas portadoras de deficiência auditiva, só foi possível devido à parceria com a Pastoral Diocesana do Surdo.
O trabalho é realizado por grupos de agentes da Pastoral do Surdo das cidades de Piracicaba (Érica Fernandes, Juliana Alleoni e Gilberto Sampaio) e Santa Bárbara d’Oeste (Vilson Berlanda, Magali José, Verônica dos Santos Silva França, Adriana Cristina Martins Bueno, Heloísa Helena Cruz, Patricia Bueno e Domingo Nunes), sendo que “cada integrante assume um dia (domingo) ou vários dias para completar a demanda necessária de vídeos do Evangelho com interpretação em Libras”, explica o coordenador da Pastoral Diocesana do Surdo, Gilberto Sampaio da Silva Júnior.
Para a produção dos vídeos, cada agente é responsável pela sua própria gravação do Evangelho em Libras. Os outros agentes podem auxiliar, com sinais e expressões que melhor se adaptam à informação apresentada ao surdo, em Libras. Com o texto do Evangelho em mãos, o agente responsável grava um áudio, salva este arquivo em seu celular ou computador e com este áudio é possível gravar o vídeo em Libras.
O processo de gravação leva aproximadamente 40 minutos e “é necessário entender o contexto do Evangelho, para que possamos passar a real informação à comunidade surda, tomando-se o cuidado para não expressar outro sentido, contrário ao texto trabalhado no momento”, afirma Gilberto.
Além dos Evangelhos dominicais disponibilizados no site da diocese, o projeto da Pastoral do Surdo inclui gravações e postagens diárias dos Evangelhos em Libras, no grupo em que os surdos católicos participam e recebem a informação na língua materna deles, ou seja, em Libras.
Para Gilberto, o trabalho voluntário na Pastoral do Surdo envolve não apenas a apresentação de uma informação descrita de uma Língua (portuguesa) para outra Língua (Libras), mas, junto com esta interpretação, leva também aspectos culturais e linguísticos da comunidade surda, conceitos e experiências vividas pelo intérprete até o momento da interpretação. “É gratificante quando percebemos que o surdo acessa as atividades religiosas em Libras e pode, assim, entender e participar de uma forma justa na comunidade da qual participa”, finaliza o coordenador.