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Missa na Catedral fará memória do oitavo ano de falecimento de Dom Eduardo

Publicado em 24 de agosto de 2020 - 15:29:51

Na próxima terça-feira, 25 de agosto, completam oito anos do falecimento do terceiro bispo da Diocese de Piracicaba, Dom Eduardo Koaik. O bispo emérito faleceu aos 86 anos, após lutar durante cinco anos contra um câncer.

Para recordar sua memória será celebrada missa às 12h, na Sé Catedral Santo Antônio. A Celebração Eucarística será presidida pelo coordenador Diocesano de Pastoral, padre Kleber Fernandes Danelon.

O Secretariado Diocesano de Pastoral, em atenção ao C.B. nº 1168, solicita que essa mesma intenção seja lembrada nas intenções comunitárias nas Paróquias/Quase-Paróquias.

“Por venerável tradição, comemora-se também todos os anos o aniversário de falecimento do último Bispo, a não ser que tenha sido transferido para outra diocese. Celebrar-se-á a Missa na igreja catedral, a qual é de louvar seja presidida pelo Bispo do lugar. Aconselhem-se os fiéis e sobretudo os sacerdotes a que se lembrem diante do Senhor dos seus prelados que lhes pregaram a Palavra de Deus” (cf. Cerimonial dos Bispos, nº 1168)

Lema: “Construir na Caridade”

Dom Eduardo Koaik nasceu aos 21 de agosto de 1926, em Manaus (Amazonas). Filho de Miled José Koaik e Helena Elias Koaik, imigrantes libaneses. Sua mãe, depois de viúva, veio com os três filhos para o Rio de Janeiro. Frequentou o primário na Escola Arthur Bernardes, no bairro Laranjeiras. Aos 11 anos, ingressou no Seminário da Arquidiocese Fluminense. Após o curso de Filosofia, concluiu Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma, sendo nesta cidade, ordenado presbítero em 8 de abril de 1950.

Na arquidiocese do Rio de Janeiro foi professor de Teologia, diretor espiritual e mestre de disciplina no Seminário São José. Assistente da JIC – Juventude Independente Católica – e da JEC – Juventude Estudantil Católica. Foi Vigário Paroquial nas Paróquias de Nossa Senhora da Tijuca e de Nossa Senhora de Copacabana. Atuou como Pároco na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Leme e, ainda, Pároco no Forte de Copacabana, onde construiu a Matriz da Ressurreição em dois anos. Também foi Vigário Episcopal da Região da Tijuca. Aos 6 de janeiro de 1974, recebeu ordenação episcopal de Dom Eugenio de Araujo Sales, então cardeal arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro, tornando-se o seu primeiro bispo auxiliar. Aos 7 de dezembro de 1979, São João Paulo II o nomeou Administrador Apostólico e Bispo Coadjutor de Dom Aniger Francisco Melillo, iniciando o seu ministério em nossa diocese aos 28 de fevereiro de 1980. Com a renúncia de Dom Aniger, aos 11 de janeiro de 1984, tornou-se o nosso terceiro bispo diocesano.

Em seu pastoreio, construiu os Seminários de Filosofia e Teologia; ordenou 32 padres e 33 diáconos permanentes para a Diocese de Piracicaba; criou 19 paróquias e quatro Quase Paróquias, dois Santuários Marianos, a escola de teologia para Leigos, a Escola de Agentes de Pastoral, a PASCA (Pastoral do Serviço da Caridade), que, durante o seu ministério episcopal, incluía as atividades da Pastoral da Criança, o SEAME (Serviço de Apoio ao Adolescente com Medida Sócio-Educativa), o Banco de Remédios, o Bazar da Fraternidade. A família, o jovem, as associações e movimentos eclesiais, a Pastoral das Comunicações, a Carcerária, e a orientação para a atividade política dos leigos, também foram objetos de sua solicitude pastoral.

Introduziu na diocese as assembleias diocesanas, tendo presidido nove de planejamento e nove temáticas. Como dimensão missionária especial da diocese implantou, a partir de 1981, o projeto Igreja-irmã com a Prelazia de Coxim-MS (hoje diocese). De 11 a 17 de junho de 2001, por ocasião dos 50 anos da criação da diocese, promoveu o II Congresso Eucarístico.

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) o elegeu duas vezes membro da Comissão Episcopal de Pastoral, primeiro pelo Setor das Comunicações Sociais, e na segunda, pelo Setor dos Leigos, das CEB’s e da Pastoral Universitária. Foi Presidente do Caritas Nacional e, ainda, Presidente do Regional Sul 1 da CNBB, que compreende todas as dioceses do Estado de São Paulo, onde se esforçou, entre outras atividades, para implantar o Ensino Religioso na Rede Pública de Ensino, tanto as municipais quanto as estaduais. A imprensa escrita sempre acolheu os seus artigos onde tratou de muitos aspectos da fé cristã e da vida social, quer do município, ou da nação, que eram de domínio público.

Por sua iniciativa e depois de ouvir o parecer do clero, São João Paulo II, pelo Breve Apostólico Notum Est, de 02 de janeiro de 1988, estabeleceu que Santo Antonio, presbítero e doutor da Igreja, fosse o padroeiro da Diocese de Piracicaba e seu celeste intercessor junto a Deus.

Recebeu o título de Cidadão Piracicabano em 1987, o Prêmio Madre Teresa de Calcutá, em 1985, e a Moção de Aplauso, em 2006, por ocasião dos seus 80 anos, todos concedidos pela Câmara Municipal de Piracicaba.

Ao completar 75 anos, pediu a São João Paulo II a renúncia ao governo diocesano, em conformidade com o cânon 401, do Código de Direito Canônico. Em 15 de maio de 2002, assumiu o cargo de Administrador Apostólico; com a nomeação de sucessor, Dom Moacyr José Vitti, e a partir da tomada de posse dele, aos 5 de julho de 2002, encerrou o governo pastoral da diocese, tornando-se o seu bispo emérito, continuando a residir em Piracicaba.

Em 25 de agosto de 2012, ele faleceu no Hospital Unimed de Piracicaba, em decorrência de falência múltipla dos órgãos devido a uma neoplasia no couro cabeludo e metaplasia de pulmão e hepática. 

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