Padre Elias Guimarães completa hoje, dia 13 de maio, 73 anos. Ele pertence à Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas) e é pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Santa Bárbara d’Oeste, desde fevereiro de 2019.
Padre Elias nasceu em Santa Rita de Caldas, interior de Minas Gerais. De família numerosa e religiosa, se animou com o trabalho dos missionários redentoristas que ajudavam na semana santa na paróquia que frequentava. Com quase 15 anos ingressou no seminário. Seu ministério é marcado pela realização de atividades diversificadas nas cidades e paróquias por onde passou.
Em entrevista para a edição deste mês do jornal “Em Foco” (JORNAL EM FOCO MAIO/ 2020 - EDIÇÃO 141 - ANO XIV), padre Elias falou dos seus quase 42 anos de vocação religiosa e sacerdotal no carisma dos missionários redentoristas.
Leia abaixo a entrevista e conheça um pouco mais da vida de padre Elias.
EM FOCO: Em breve palavras, como o senhor se descreve? Conte um pouco da sua vida, do histórico de sua família.
Padre Elias - Eu, padre Elias Guimarães que vou completar, no dia 13 de maio, setenta e três anos, sou uma pessoa feliz, tranquila, realizada, que ama a vida e sempre agradeço a Deus pelo dom da vocação religiosa e sacerdotal.
Nasci no interior do sul de Minas, na cidade de Santa Rita de Caldas. Sou de uma família numerosa e muito religiosa. Somos onze filhos do casal José Elias Guimarães e Maria do Carmo Guimarães (já falecidos), sete mulheres e quatro homens, um deles também é padre. Rezávamos o terço toda noite em família. Aprendi com meus pais muitos valores que marcaram toda minha vida. Somos uma família unida e fazemos questão de nos encontrarmos, à medida do possível uma vez ao ano, para nos confraternizarmos e conhecermos novos membros da família.
Em qual momento da sua vida sentiu o chamado para servir à Igreja de Cristo? Por que decidiu ser religioso da Congregação do Santíssimo Redentor?
Ainda pequeno, cursando o primário, conheci o pároco Monsenhor Alderigi Maria Torriani (em processo de beatificação) que costumava visitar as escolas, passando de sala em sala e, no final, perguntava quem gostaria de ser padre. Muitos levantavam a mão na empolgação do momento. A partir daí passei a pertencer ao grupo dos coroinhas e sempre conversando com o Monsenhor. Terminado o estudo básico, ainda fiquei um tempo para tomar a decisão de entrar para o seminário. O Monsenhor me apresentou a realidade da Diocese de Pouso Alegre e também dos redentoristas. Então, entrei em contato com os redentoristas que ajudavam na minha paróquia na semana santa. A partir daí, comecei a conhecer melhor e me encantei com o entusiasmo dos missionários redentoristas. Assim, resolvi ingressar no seminário em Aparecida, no início de fevereiro do ano de 1962.
Qual o carisma que define o trabalho do missionário redentorista? Descreva-o.
Como missionários redentoristas, somos chamados a continuar o exemplo de Jesus Cristo Salvador, pregando a Palavra de Deus, como disse Ele de si mesmo: ”Enviou-me para evangelizar os pobres”. Nossa congregação realiza seu carisma, atendendo com dinamismo missionário as urgências pastorais, esforçando-se para evangelizar os mais pobres e abandonados nas santas missões populares, nos santuários, nas paróquias, nas obras sociais e nos meios de comunicação social.
Quais foram as paróquias e cidades em que o senhor já exerceu o ministério sacerdotal como religioso, antes de chegar à Diocese de Piracicaba?
As minhas atividades apostólicas foram várias e diversificadas. Comecei o meu ministério dedicando-me à formação dos futuros missionários por vários anos. Depois fiz uma experiência na periferia da cidade de Mauá, SP. Eram as “Comunidades Inseridas”. Realmente foi uma experiência marcante em minha vida religiosa e sacerdotal. Depois, mudei-me para a cidade de Diadema, onde trabalhei na paróquia Menino Jesus. Mais uma vez transferido, fui morar em Aparecida, na paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Basílica Velha. Permaneci lá por nove anos. Outro trabalho que desenvolvi foi de ecônomo na sede Provincial em São Paulo. O meu último trabalho, antes de vir para a Diocese de Piracicaba, foi em Araraquara. Por quatro anos fui reitor da nossa Igreja de Santa Cruz.
No próximo dia 24 de maio, celebra-se Nossa Senhora Auxiliadora e os 8 anos de criação e instalação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Santa Bárbara d’Oeste. Como é ser pároco desta paróquia?
Para mim está sendo uma experiência muito gratificante. Nosso povo é muito bom e religioso. A paróquia possui um grande número de líderes que são muito dedicados, trabalham intensivamente com muito amor e carinho e dão um grande testemunho de fé e doação. Isso facilita o trabalho do pároco que procuro realizar com espírito de equipe, valorizando o trabalho de cada um.
Há um versículo bíblico com o qual o senhor mais se identifica? Qual?
O versículo bíblico que é inspiração para minha vida é o de 1Jo3,16: “Nisto conhecemos o Amor, que Ele deu a sua vida por nós. E nós também demos dar as nossas vidas pelos irmãos”.
Com uma longa experiência de vida e de sacerdócio, qual a sua mensagem para os leitores do “Em Foco”, neste momento de pandemia mundial?
Aos queridos leitores do “Em Foco” desejo que permaneçam fortes na fé, perseverantes na oração e unidos na comunidade para serem testemunhas do Cristo Ressuscitado. Principalmente neste tempo da pandemia, o mundo está assustado e é hora dos cristãos, comprometidos com Cristo, darem testemunho de solidariedade, de partilha e demonstrarem muita esperança, para que ressurja um mundo novo, com novos conceitos e com uma nova economia mais distributiva, para que todos possam ter uma vida digna de filhas e filhos de Deus. Que Nossa Senhora Auxiliadora nos proteja e nos auxilie, para que possamos ser sempre fiéis ao Cristo Redentor. Amém.