Irmã Rosa Nair Carlos, natural de Araxá-MG, há 34 anos é religiosa da Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição (FIC), é farmacêutica e, atualmente, está à frente do Colégio Baronesa de Rezende, em Piracicaba. É missionária e traz para nossos leitores um belo testemunho de missão Ad Gentes, seguindo a proposta do Mês Missionário Extraordinário quanto à realidade de evangelização dos povos.
Ir. Rosa, há quase dois anos, atua em nossa Diocese, após 14 anos na Costa do Marfim – África. Seu testemunho missionário nos enriquece muito. A princípio seriam apenas seis meses de missão, mas, segundo a religiosa, “ser missionário é estar pronto para qualquer necessidade da Igreja, numa disponibilidade total”. A comunidade em que esteve era uma realidade internacional da congregação, ou seja, era formada por religiosas franciscanas de várias partes do mundo e, ali, realizou atividades paroquiais, nas escolas e hospitais.
A realidade em que foi missionária, bastante comum na África, era de quase 60 etnias e se falavam 12 idiomas, dentre os quais prevalecia o francês. A missão tinha como prioridade a educação, mas a realidade social exigia o essencial para a vida humana e, portanto, também a saúde. Nas paróquias se dedicavam à formação para catequistas, que se tornavam “multiplicadores” em outras comunidades.
Para a Ir. Rosa a missão faz brotar, na vida de uma comunidade e também do missionário, a solidariedade que acontece no sair de si mesmo para ir ao encontro de outras realidades, que também precisam ser alcançadas. Recorda à Igreja a necessidade de vocações missionárias e enfatiza a grande força que temos nos missionários leigos que, atuando em suas realidades, superam todo tido de superficialidade, num encontro pessoal com Cristo, em cada irmão.
É preciso encorajar para a missão, diz a religiosa, que aponta para um testemunho enraizado em Cristo, e garante “quem conhece Cristo, quer mostrá-lo aos outros”. Esta é a fonte de toda missão. Questionada sobre o deixar tudo, ela responde com um sorriso no rosto que “deixar tudo é dolorido demais, mas Deus mostra a graça, a força que transforma tudo: o amor. É o amor que une nossas realidades”.
Irmã Rosa nos deixa uma mensagem: “que ‘a Palavra de Cristo habite constantemente em vós’ (Col 3,16), de modo que, esse movimento de sairmos de nós mesmos em missão, seja uma saída para o encontro com uma realidade que precisa de nós e não se cansem de fazer o bem, enquanto vontade de Deus”.