O Grito dos Excluídos, em sua 24º realização em nível nacional, foi retomado depois de cerca de 12 anos em Piracicaba, com a participação das pastorais da criança, carcerária, migrante, operária, saúde e terra (em formação), bem como do Levante Popular da Juventude, professores, grupo de Justiça e Paz, da Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação dos freis capuchinhos, da Sodemap (entidade ambiental), entre outros.
Iniciou às 7h30, do 7 de setembro, em frente à Catedral de Piracicaba, realizando um ato às 8h, em sintonia ao tema do Grito deste ano de 2018 “desigualdade gera violência – basta de privilégios”, com um “grito de denúncia” de cada grupo/pastoral presente a partir de sua realidade. Contavam cem pessoas neste ato. A seguir os presentes no ato distribuíram mil jornal do Grito (da edição nacional), dialogando com a população, que assistia ao desfile, sobre o Grito dos Excluídos que acontecia neste dia, a desigualdade gritante e crescente em nosso país, as violências geradas por ela e as exclusões.
Ao final do desfile, os participantes do Grito caminharam na rua do desfile cantando e repetindo “desigualdade gera violência – basta de privilégios” e “Grito dos excluídos de Piracicaba – a vida em primeiro lugar”. Assim, deu-se visibilidade que o dia 7 de setembro não se reduz a um desfile cívico, mas tem de assumir a realidade sofrida e de exclusões gritantes em meio ao nosso povo, pois a tal independência ainda não ocorreu, vivemos num Brasil dependente econômica-politicamente, com a crescente exclusão e desigualdade!
Frei Marcelo Toyansk Guimarães (Capuchinho – Piracicaba)