Nesta sexta-feira, 25 de agosto, completam cinco anos do falecimento do terceiro bispo da Diocese de Piracicaba, Dom Eduardo Koaik. O bispo emérito faleceu aos 86 anos, após lutar durante cinco anos contra um câncer.
Para recordar sua memória será celebrada missa às 7h20, na Sé Catedral Santo Antônio. A Celebração Eucarística será presidida pelo coordenador Diocesano de Pastoral, padre Kleber Fernandes Danelon e concelebrada pelo padre Mateus Kerches Nicolucci.
As paróquias que compõem a diocese também celebrarão, nesta sexta-feira, missa em sufrágio da alma de Dom Eduardo.
Lema: “Construir na Caridade”
Dom Eduardo Koaik nasceu aos 21 de agosto de 1926, em Manaus (Amazonas). Filho de Miled José Koaik e Helena Elias Koaik, imigrantes libaneses. Sua mãe, depois de viúva, veio com os três filhos para o Rio de Janeiro. Frequentou o primário na Escola Arthur Bernardes, no bairro Laranjeiras. Aos 11 anos, ingressou no Seminário da Arquidiocese Fluminense. Após o curso de Filosofia, concluiu Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma, sendo nesta cidade, ordenado presbítero em 08 de abril de 1950.
Na arquidiocese do Rio de Janeiro foi professora de Teologia, diretor espiritual e mestre de disciplina no Seminário São José. Assistente da JIC – Juventude Independente Católica – e da JEC – Juventude Estudantil Católica. Foi Vigário Paroquial nas Paróquias de Nossa Senhora da Tijuca e de Nossa Senhora de Copacabana. Atuou como Pároco na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Leme e, ainda, Pároco no Forte de Copacabana, onde construiu a Matriz da Ressurreição em dois anos. Também foi Vigário Episcopal da Região da Tijuca. Aos 6 de janeiro de 1974, recebeu ordenação episcopal de Dom Eugenio de Araujo Sales, então cardeal arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro, tornando-se o seu primeiro bispo auxiliar. Aos 7 de dezembro de 1979, o Beato João Paulo II o nomeou Administrador Apostólico e Bispo Coadjutor de Dom Aniger Francisco Melillo, iniciando o seu ministério em nossa diocese aos 28 de fevereiro de 1980. Com a renúncia de Dom Aniger, aos 11 de janeiro de 1984, tornou-se o nosso terceiro bispo diocesano.
Em seu pastoreio, construiu os Seminários de Filosofia e Teologia; ordenou 32 padre e 33 diáconos permanentes para a Diocese de Piracicaba; criou 19 paróquias e quatro Quase Paróquias, dois Santuários Marianos, a escola de teologia para Leigos, a Escola de Agentes de Pastoral, a PASCA ( Pastoral do Serviço da Caridade), que, durante o seu ministério episcopal, incluía as atividades da Pastoral da Criança, o SEAME (Serviço de Apoio ao Adolescente com Medida Sócio-Educativa), o Bando de Remédios, o Bazar da Fraternidade. A família, o jovem, as associações e movimentos eclesiais, a Pastoral das Comunicações, a Carcerária, e a orientação para a atividade política dos leigos, também foram objetos de sua solicitude pastoral.
Introduziu na diocese as assembleias diocesanas, tendo presidido nove de planejamento e nove temáticas. Como dimensão missionária especial da diocese implantou, a partir de 1981, o projeto Igreja-irmã com a Prelazia de Coxim-MS (hoje diocese). De 11 a 17 de junho de 2001, por ocasião dos 50 anos da criação da diocese, promoveu o II Congresso Eucarístico.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) o elegeu duas vezes membro da Comissão Episcopal de Pastoral, primeiro pelo Setor das Comunicações Sociais, e na segunda, pelo Setor dos Leigos, das CEB’s e da Pastoral Universitária. Foi Presidente do Caritas Nacional e, ainda, Presidente do Regional Sul 1 da CNBB, que compreende todas as dioceses do Estado de São Paulo, onde se esforçou, entre outras atividades, para implantar o Ensino Religioso na Rede Pública de Ensino, tanto as municipais quanto as estaduais. A imprensa escrita sempre acolheu os seus artigos onde tratou de muitos aspectos da fé cristã e da vida social, quer do município, ou da nação, que eram de domínio público.
Por sua iniciativa e depois de ouvir o parecer do clero, o Beato João Paulo II, pelo Breve Apostólico Notum Est, de 02 de janeiro de 1988, estabeleceu que Santo Antonio, presbítero e doutor da Igreja, fosse o padroeiro da Diocese de Piracicaba e seu celeste intercessor junto a Deus.
Recebeu o título de Cidadão Piracicabano em 1987, o Prêmio Madre Teresa de Calcutá, em 1985, e a Moção de Aplauso, em 2006, por ocasião dos seus 80 anos, todos concedidos pela Câmara Municipal de Piracicaba.
Ao completar 75 anos, pediu ao Beato João Paulo II a renúncia ao governo diocesano, em conformidade com o cânon 401, do Código de Direito Canônico. A 15 de maio de 2002, assumiu o cargo de Administrador Apostólico; com a nomeação de sucessor, Dom Moacyr José Vitti, e a partir da tomada de posse dele, aos 5 de julho de 2002, encerrou o governo pastoral da diocese, tornando-se o seu bispo emérito, continuando a residir em Piracicaba.
Em 25 de agosto de 2012, ele faleceu no Hospital Unimed de Piracicaba, em decorrência de falência múltipla dos órgãos devido a uma neoplasia no couro cabeludo e metaplasia de pulmão e hepática.