Da esquerda para a direita: Alisson, Lucas e Manollo; ordenação presbiteral será na Catedral de Piracicaba
Pela imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Devair Araújo da Fonseca, os diáconos transitórios Alisson Henrique Domingos, Lucas Gomes de Sousa Farias Simões e Manollo Pereira de Oliveira receberão a ordenação presbiteral e se tornarão padres da Diocese de Piracicaba nesta sexta-feira, 12 de dezembro, às 20 horas, durante a missa solene da Bem-aventurada Virgem Maria de Guadalupe, padroeira da América.
Dom Devair ressaltou que a formação e ordenação de novos padres são importantes sinais de um novo vigor para a Igreja. “Indica o revigoramento da vida sacerdotal e eclesial, porque esses novos sacerdotes vão se somar ao número daqueles que já atuam na Diocese. Atualmente, temos em torno de 120 padres, entre o clero diocesano e o clero religioso. Então, mais padres são sempre um sinal de esperança e de continuidade do trabalho da Igreja”, afirmou o bispo.
Alisson, Lucas e Manollo falaram da alegria que vivenciam com a chegada do dia em que serão ordenados padres. Eles ressaltaram também a emoção pela graça que terão, após a ordenação, de servir ao Povo de Deus como presbíteros (leia abaixo o depoimento de cada um deles).
Os diáconos transitórios são aqueles seminaristas que, concluindo os estudos universitários em Filosofia e Teologia, recebem a ordem diaconal como etapa preparatória para a ordenação presbiteral. “Alisson, Lucas e Manollo concluíram uma formação de oito anos. Um período de muito trabalho e aprendizado”, comentou Dom Devair. O bispo acrescentou: “As vocações têm crescido, graças a Deus. Esperamos a entrada de sete novos seminaristas em 2026 e, no total, teremos 29 fazendo o processo formativo no ano que vem, quando, se Deus quiser, poderemos ter a ordenação de cinco novos padres”.
Os novos padres já sabem em quais comunidades irão atuar como vigários paroquiais. A Paróquia São José, em Piracicaba, receberá Lucas Gomes de Sousa Farias Simões. A Paróquia Imaculado Coração de Maria, também em Piracicaba, acolherá Manollo Pereira de Oliveira, enquanto Alisson Henrique Domingos irá para a Paróquia Menino Jesus de Praga, na mesma cidade.
Nestes dias que antecedem a ordenação sacerdotal, a sensação é, sem dúvida, de muita alegria e expectativa, por poder concretizar de modo definitivo e sacramental a resposta ao chamado que o Senhor — por misericórdia, e somente por misericórdia — me fez: o de servi-Lo, amá-Lo e fazê-Lo amado.
Confesso que, à medida que o dia decisivo se aproxima, percebo ainda mais minha pequenez e indignidade diante de um mistério tão elevado, que só serei capaz de compreender plenamente no céu.
Ainda assim, confiando na graça, na bondade e na misericórdia de Deus, encorajo-me mais uma vez — como naquele dia em que deixei tudo para entrar no seminário — a entregar tudo para abraçar o Tudo, colaborando com o Senhor em sua missão salvífica.
Escolhi como lema da minha ordenação, e como norte para me guiar no ministério que irei receber da Igreja, uma frase de Santa Teresinha do Menino Jesus, de quem sou devoto: “Iesum amare et efficere ut ametur”, que significa “Amar Jesus e fazê-Lo amado”.
Creio que essa expressão resume tudo o que um sacerdote é chamado a viver.
Rogo ao Bom Deus, por intercessão da Virgem de Guadalupe, de Santo Antônio e de Santa Teresinha, que me conceda a graça de “amar Jesus e fazê-Lo amado” nesta porção do Povo de Deus que peregrina na Diocese de Piracicaba.
O sentimento de realização e gratidão tem permeado meu coração nestes últimos dias.
Realização pela caminhada que pude percorrer, pelo ministério que se aproxima, pela etapa que se encerra.
Gratidão à Diocese de Piracicaba pela confiança e a todos que fazem parte desta história, por cada oração elevada a Deus.
O auxílio e o testemunho da Virgem Maria têm me acompanhado em cada momento da caminhada, e desejo que ela continue sempre ao meu lado. Por isso — e não poderia ser diferente — escolhi como lema sacerdotal o trecho do Magnificat que ela entoou em louvor a Deus: “Magnificat anima mea Dominum” — “Que minha alma engrandeça o Senhor” (cf. Lc 1,46).
É um pedido a Deus para que eu também seja um servo fiel na vinha do Senhor, a exemplo da Virgem Maria, nossa mãezinha.
Meu coração exulta em Deus pelo grande dia que se aproxima — alegria minha, de minha família e de toda a nossa Igreja de Piracicaba. Peço que rezem por mim e pelos meus irmãos de caminhada, para bem acolhermos o ministério que nos será confiado, a serviço de todo o Povo de Deus.
Tenho vivido dias intensos, repletos da providência e do amor de Deus!
A vida no seminário, ao longo desses anos, nunca foi um fardo; pelo contrário, sempre foi um ambiente de formação e alegria, mesmo diante dos desafios que se apresentam em todos os estados de vida.
É essa alegria, fruto do amor esponsal, que desejo colocar a serviço desta Diocese.
Muitas situações têm me emocionado, mas a principal delas é a expectativa do Povo de Deus em relação à ordenação presbiteral: as orações, o cuidado com os preparativos da celebração, os sacrifícios feitos para estarem presentes...
É a esse povo que quero servir com a oferta da minha vida.
Foi esse mesmo povo que me acolheu com tanto carinho em 2018, quando, mesmo sendo uma “vocação tardia”, a Diocese decidiu acreditar em mim, mesmo quando muitos não acreditavam.
Repito as palavras que disse ao meu bispo: “Espero, de todo o coração, que meu proceder corresponda às necessidades da minha Diocese de Piracicaba.”
Deus abençoe!