Placas solares que fornecem energia elétrica para Cúria Diocesana e Parque da Ressurreição
A Diocese de Piracicaba iniciou, no final de 2022, um amplo projeto de instalação de placas fotovoltaicas em todas as paróquias das 15 cidades que pertencem ao território diocesano. O trabalho incluiu, ainda, capelas, seminários, a sede da Cúria, o Cemitério Parque da Ressurreição, entre outros espaços.
De acordo com o padre Adalton Roberto Demarchi, que participou da comissão responsável pelos estudos que viabilizaram o investimento, cada uma das 68 paróquias da Diocese já gera a própria energia solar, que é transmitida também para as capelas, casas e salões paroquiais. A economia, segundo ele, ultrapassa os 80% na maioria dos casos. “A matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Santa Bárbara d’Oeste, onde sou pároco, pagava de R$ 900 a R$ 1 mil por mês de energia elétrica. Em janeiro de 2025, considerando todo o período do Natal e das festividades, por exemplo, a conta ficou em R$ 140”, afirmou.
A recomendação para que todas as paróquias instalassem as placas fotovoltaicas foi do bispo de Piracicaba, Dom Devair Araújo da Fonseca, que vislumbrou, além da oportunidade de economia de recursos, uma iniciativa para a promoção da sustentabilidade e preservação do meio ambiente, já que, atualmente, a eletricidade consumida por toda a Diocese provém de uma fonte de energia renovável.
Tanto o padre Adalton quanto o ecônomo da Diocese de Piracicaba, diácono Silvio Luiz Plotegher, ressaltaram que todo o projeto foi realizado de forma bastante responsável, considerando as necessidades e particularidades de cada espaço. “Na Cúria, por exemplo, não seria possível instalar as placas devido ao local onde precisariam ser colocadas e também por se tratar de um imóvel tombado. Assim, a instalação foi feita em um espaço adequado, no Parque da Ressurreição, que retransmite a energia para a Cúria”, explicou Plotegher.
De acordo com projeções realizadas na época em que o projeto foi iniciado, em 2022, todo o investimento se pagaria em até três anos graças à economia proveniente do uso da energia solar. Isso significa que, ainda neste ano de 2025, o valor total economizado com energia elétrica já passa a ser maior do que o montante investido.
"A questão financeira é importante, mas existe algo muito mais relevante para todos nós e de valor inestimável: a preservação do meio ambiente. A adoção de fontes de energia renováveis e viáveis reduz o impacto ambiental. É uma iniciativa de cuidado com a nossa ’casa comum’, e isso está perfeitamente alinhado com o pensamento da Igreja Católica sobre a questão climática, como bem explicou o Papa Francisco na encíclica Laudato si’, publicada em 2015", destacou Dom Devair.
Placas solares sobre imóvel do Cemitério Parque da Ressurreição, em Piracicaba