A Pastoral Regional Carcerária promoveu no último sábado, 30 de setembro, na Casa de Maria, em Santa Bárbara d’ Oeste, uma formação, com o tema “Pastoral Carcerária uma voz que clama em meio à multidão encarcerada”. O evento reuniu aproximadamente 50 membros e teve como objetivo o preparo e o chamado para novos agentes levarem a palavra de Deus aos detentos.
A ação ainda contou com a participação do defensor público, Anísio Vieira Caixeta Júnior, da assistente social, da Penitenciária de Piracicaba, Cleide , do padre Bruno Sérgio Sedenho, da Diocese de São Carlos, da diretora da ONG Bom Samaritano, Margarida Maria Neo Roncon e do pároco da São Paulo Apóstolo (Casa de Maria), Agnaldo de Jesus e Maria.
A capacitação foi um momento, no qual os novos agentes puderam tirar suas dúvidas e interagir de forma satisfatória sobre os temas apresentados. Anísio falou sobre os direitos e deveres dos presos e dos visitantes religiosos. “Todo preso tem direito a um defensor público, porém, primeiramente são levantados e analisados alguns dados. Feito essa triagem e constatado que o mesmo não tem condições de arcar com um advogado ai é disponibilizado o serviço prestado pelo Estado”, explicou o defensor público.
Já a assistente social, frisou a importância do bom comportamento e da necessidade das visitas religiosas. “As visitas religiosas precisam ser constantes e devemos ser sempre vigilantes quanto a conduta que temos dentro do cárcere, pois uma irregularidade pode causar a exclusão da credencial. Cleide falou ainda sobre a dinamica realizada “que nos deu ainda mais a dimensão de como temos que estar unidos, pois representamos uma parte da sociedade que infelizmente está sem voz”.
Ainda durante o encontro, padre Bruno e a diretora da ONG Bom Samartitano, falaram sobre o estatuto da Pastoral e sobre a espiritualidade no cárcere. “É necessário evangelizarmos não somente o apenado, mas também os funcionários, pois sabemos das suas dificuldades cotidianas dentro da penitenciária”. Eles ainda frisaram que, “a Pastoral, mais do que um desejo é um chamado”.
No final da formação, padre Agnaldo ministrou momento de adoração a Jesus. “Precisamos entender que independente do que nos levou ao pecado, devemos lembrarmos do filho pródigo que voltou arrependido e foi acolhido pelo pai”, disse.
Texto: Fernanda Nastrini / Pascom Paróquia São Paulo Apóstolo
Foto: Marcio Delcaro / Pascom