Durante a 19ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), ocorrida em 1981, os bispos na ocasião instituíram o mês de agosto, como o Mês Vocacional. Desde então, a Igreja do Brasil reza durante todo este período com mais ênfase por todas as categorias de vocações à vida cristã e com isso cria consciência aos cristãos para sua responsabilidade com a Igreja.
A palavra vocação vem do verbo em latim vocare que significa chamar. Na dimensão divina é o “chamado de Deus”; na dimensão humana é a “resposta” que o ser humano dá a Deus. É a resposta a este chamado de Deus que nos faz reconhecer qual é a nossa vocação como batizados. A cada um é dada uma vocação específica e é preciso discerni-la e assim atender a vontade de Deus na sua vida.
Durante o mês de agosto lembramos estas vocações de modo especial. A primeira semana do mês é dedicada ao ministério ordenado (bispos, padres e diáconos). Na segunda celebramos o Dia dos Pais, a Semana da Família e a vocação ao matrimônio. Já na terceira semana recordamos àqueles que têm a vocação à vida consagrada, ou seja, os religiosos e religiosas e, a última semana do mês, é dedicada a todo cristão leigo, especialmente o catequista, que com sua presença viva na Igreja, dá testemunho do Evangelho em sua comunidade e nos vários ambientes onde se faz presente.
Nesta edição vamos conhecer o testemunho de seis representantes da nossa Igreja Particular que deram seu “sim” ao chamado de Deus à sua vocação! Louvamos a Deus por eles e por todas as vocações!
“Sou apaixonada pelo Evangelho de Jesus Cristo e encontrei minha vocação sendo catequista, pois assim tenho a oportunidade de transmitir o Evangelho às crianças, adolescentes e jovens e aprender diariamente. Há 11 anos Deus me deu essa missão, esse presente, pois quando inicio um encontro na Iniciação Cristã é uma alegria e, quando termino, o júbilo é maior e sou grata a Deus por tudo que ele faz em minha vida.”
Anita Scabello
Catequista na Paróquia Imaculado Coração de Maria – Piracicaba
“Há 12 anos vivo minha vocação como religiosa carmelita. Nosso carisma é a vida contemplativa, assim como diz Santa Terezinha “encerradas por Cristo e regidas por ele”. Nossa missão é rezar pela Igreja e pela santificação de todo o clero. A vocação é sempre um mistério e devemos vivê-la intensamente e assim termos a plena intimidade com Jesus Cristo”.
Irmã Elizabeth Maria
da Santíssima Trindade Religiosa Carmelita
“Minha vocação é servir à minha Igreja. Desde pequeno recebia os ensinamentos da Palavra de Deus pela melhor catequista de toda minha vida, minha mãe. No caminho da Igreja sempre servi nas diversas pastorais e movimentos, o que contribuiu para o discernimento da minha vocação. Recebi do meu pároco o chamado para a formação na escola diaconal e com o apoio de minha esposa e filhos, encontrei minha vocação e pela graça do Senhor hoje sirvo à Igreja como diácono na Paróquia Imaculada Conceição da Nova Suíça auxiliando o padre Eugênio Pessato nas celebrações e sacramentos”.
Aderbal Soares Gomes
Diácono Permanente na Paróquia Imaculada Conceição de Nova Suíça
“Minha vocação é o sacerdócio e nela configurar a minha vida à vida de Jesus Cristo. Aquele que com seus ensinamentos aponta para o caminho o qual todos devemos seguir. Pelo Batismo todos nós somos chamados, somos vocacionados. Com o passar do tempo Deus nos chama à uma missão específica, e a minha é servir como sacerdote”.
Padre Claudemir da Silva
Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia e animador da Pastoral Vocacional
“Encontrei minha vocação como religioso. Sou frade franciscano Capuchinho no carisma “a vida em fraternidade”. O religioso tem seu papel na Igreja de levar a radicalidade do Evangelho; para isso nós consagramos através dos votos de obediência, pobreza e castidade. Entre nós capuchinhos o mais importante é ser frade, ou seja, irmão. Há entre nós irmãos que por vocação também recebem o ministério ordenado e são também padres, e outros, que assim como eu, sabem que sua vocação está em servir como religioso e vale a pena ser irmão consagrado pela vida com o Evangelho e com Jesus Cristo”.
Frei Marcos Roberto Rocha de Carvalho, OFMCap
“Somos casados há cinco anos e vivemos nossa vocação matrimonial no Senhor. Vivemos essa vocação com o sim diário pela família. É a doação, o ceder, o dialogar e sempre buscando viver nosso matrimônio como uma vocação dada por Deus, sendo testemunha da vida em família pelo Evangelho”.
Vinicius e Maristela Calegare e a pequena Maria Eduarda Ponchio Calegare
Família participante da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres