No mês de agosto a Igreja nos convida a rezarmos pelas vocações, mas quando ouvimos a palavra vocação em celebrações e encontros, logo pensamos no chamado à vida sacerdotal ou religiosa. No entanto, todo batizado é um vocacionado e muitos são os dons para o serviço à Igreja.
Entre as diversas vocações está a do diaconado permanente. Homens, que com o consentimento da família, se colocam a serviço da Igreja e dos irmãos. O diácono permanente é membro do clero diocesano e como ministro extraordinário do primeiro grau do Sacramento da Ordem, a ele cabe exercer várias funções nas paróquias, podendo também celebrar batismo, matrimônio e exéquias.
A vocação do diácono permanente é desafiadora, pois ele é simultaneamente pai e esposo, exerce uma profissão e se consagra à comunidade eclesial. Administrar esses desafios e colocá-los a serviço da missão constitui tarefa diária ao consagrado para viver as três dimensões do diaconado: a Caridade, a Palavra e a Liturgia.
Há 28 anos, a Diocese de Piracicaba conta com a colaboração de diáconos permanentes na missão evangelizadora. O primeiro diácono ordenado foi Ângelo Freschi. Sua ordenação ocorreu em 12 de outubro de 1987, na Matriz São João Batista, em Rio Claro, pela imposição das mãos do então bispo diocesano Dom Eduardo Koaik (In memoriam). Diácono Ângelo faleceu em 2015, aos 97 anos e exerceu o seu ministério por 27 anos.
Atualmente a diocese conta com 51 diáconos, sendo 11 eméritos. O diácono Carlos Bagatin é o mais antigo. Com 28 anos de ministério atua na Paróquia São José, em Piracicaba. Já o diácono Délio Evangelista é o mais velho de idade, com 90 anos, trabalha na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Rio Claro. “Somos muito gratos ao amigo e pastor Dom Fernando Mason, pelas suas palavras “cabe ao diácono conquistar o seu espaço na diocese”, hoje nos sentimos parte integrante do clero diocesano e com alegria realizamos a nossa missão diaconal”, afirma diácono Florivaldo Bertoletti, animador do Conselho Diocesano de Diáconos.
Este ano, 35 candidatos ao diaconado permanente iniciaram o curso de formação na Escola Diaconal “São Filipe”. O curso ocorre aos sábados pela manhã, no Centro Diocesano de Pastoral e tem a duração de cinco anos.
No Sub-Regional Campinas nossa diocese é a que conta com o maior número de diáconos permanentes. Atualmente a Diocese de São Carlos tem 43 diáconos; Limeira conta com 23; na Arquidiocese de Campinas são 22, em Bragança Paulista são três e Amparo não conta com trabalho de diácono permanente.
Assim como os padres e religiosos, os diáconos permanentes passam a ser eméritos ao completar 75 anos. Entre eles está Délio Evangelista, que com quase 90 anos e 26 de ministério, está sempre pronto para servir. Com alegria e uma energia surpreendente atende a todos que o procuram no trabalho na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Rio Claro.
Délio sempre foi leigo atuante na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Rio Claro, o que levou Dom Eduardo Koaik a convidá-lo a iniciar o curso de diaconado permanente. Em 1987, juntamente com mais quatro candidatos da diocese, foi enviado para iniciar o curso de formação diaconal, na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. “A ordenação de leigos ao serviço diaconal não era comum na época. Fiquei surpreso com o convite devido a minha pouca escolaridade e achei que não teria condições de assumir tão honrosa missão”, relata o diácono no livro “Graças Divinas – a vida de Délio Evangelista”. Após o período de formação, Délio foi ordenado em 15 de dezembro de 1990.
Por outro lado, com 28 anos de serviço, Bagatin é o mais antigo diácono permanente da diocese, embora tenha 78 anos. Sempre com um sorriso no rosto, trabalha na Paróquia São José, em Piracicaba e é o diácono oficial para a celebração de exéquias do Cemitério Parque da Ressurreição.
Ele conta que primeiramente recebeu o convite do então pároco da Paróquia São Pedro, de Piracicaba, padre Salvador Paruzzo – hoje bispo da diocese de Ourinhos (SP). Depois, o mesmo convite partiu do próprio Dom Eduardo, o que o fez ser um dos primeiros a realizar o curso em Florianópolis. “Foram quatros anos de formação até minha ordenação em 5 de agosto de 1988”, lembra alegre Bagatin.
Délio Evangelista e Carlos Bagatin são exemplos de que uma vez chamados a servir, e necessário sempre dizer “sim”.
Márcio Adriano dos Santos e Marcos Roberto do Nascimento são os mais jovens diáconos permanentes da diocese. Ambos têm 44 anos e foram ordenados em 23 de fevereiro de 2014, juntamente com outros 24 diáconos, pela imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Fernando Mason.
Márcio conta que o convite para iniciar o curso na escola diaconal diocesana, partiu do então pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria, de Piracicaba, padre Domenico Borotti. Apesar de participar das atividades da paróquia, principalmente da RCC (Renovação Carismática Católica), ter sido convidado foi uma surpresa. “Ele me disse: “a Igreja precisa de pessoas determinadas e você é uma delas” e indicou o meu nome”, lembra o diácono.
Após o convite pediu um tempo para discernir sua vocação. Aceitou o chamado. Hoje exerce seu ofício em sua paróquia de origem.
Com Marcos Roberto do Nascimento não foi diferente. O convite veio de uma conversa com padre Claudemir da Rocha, então pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Piracicaba, onde atuava com Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística.
Ele lembra que o “sim” ao diaconado é dado junto com a família. “É preciso o sim da esposa e filhos para juntos caminharmos no serviço da Igreja e esses dois anos de ofício tem sido de muito crescimento”, ressalta o diácono.
Marcos, após a sua ordenação, também continuou em sua paróquia de origem e exerce seu ofício junto ao pároco, padre Luis Carlos Caroni.
Além de colaborar com os párocos nas paróquias que compõem a diocese, vários diáconos permanentes exercem outros ofícios em nossa Igreja Particular.
Os diáconos Florivaldo Bertoletti e Luís Alberto Scarazzatti são Administradores Paroquiais das Paróquias Nossa Senhora da Conceição, em Ipeúna e São Pedro, em Mombuca, respectivamente.
Também várias pastorais contam com diáconos permanentes que atuam como coordenadores ou animadores:
- Pastoral Carcerária:
Diác. Osvaldo Francisco da Silva (coordenador) e diác. Joaquim Donizetti de Oliveira (animador)
- Campanha de Fraternidade:
Diác. Edgard Oliveira Batista (coordenador) e diác Odélcio Gomes da Costa (animador)
- Pastoral da Iniciação à Vida Cristã:
Diác. Florivaldo Bertoletti (animador)
- Comunidades Eclesiais de Base (CEBs):
Diác. Edgard Oliveira Batista (animador)
- Pastoral do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso:
Diác. Odélcio Gomes da Costa (animador)
- Pastoral da Sobriedade:
Diác. Carlos Alberto Vila (animador)
- Pastoral do Menor:
Diác. Joaquim Donizetti de Oliveira (animador)
- FNM (Fermento na Massa):
Diác. Ademar Fragoso (animador)
- Câmara Eclesiástica de Piracicaba:
Díac. Luís Alberto Scarazzatti (notário)
- Seminário Propedêutico “Imaculada Conceição”:
Diác. Carlos Alberto Vila (professor de Liturgia)
- Escola Diaconal São Filipe:
Diác. Benedito Valdemir Arena (diretor); diác. Silvio Luiz Plotegher (vice-diretor); diác. Joaquim Donizetti de Oliveira (secretário) e diác. Marcos Antonio Canobre (tesoureiro).