Danilo: a serviço da Igreja diocesana

“Em atenção à palavra do Senhor, lançarei as redes!” (Lc 5,5). Este versículo tirado do Evangelho de Lucas é o lema da ordenação presbiteral do diácono Danilo Rubia Soares. Ele será ordenado sacerdote pela imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Fernando Mason, durante missa solene no dia 29 de maio, às 15h, na Catedral Santo Antônio.

Danilo foi ordenado diácono no último dia 7 de fevereiro, na Paróquia Sagrada Família, em Piracicaba. A celebração presidida por Dom Fernando contou com a presença de diáconos permanentes, seminaristas, familiares e um grande número de fiéis da comunidade e de várias paróquias da diocese onde Danilo desenvolveu trabalhos pastorais no período em que foi seminarista.

Após a ordenação, Danilo continuou seu trabalho pastoral, servindo a Paróquia Menino Jesus de Praga, em Piracicaba. Agora, ele se prepara para o momento mais sublime de sua vida, a ordenação sacerdotal. Com seu jeito tímido e calmo de falar, diácono Danilo contou para o “Em Foco” um pouco de sua vida, sua vocação e a sua expectativa para a ordenação presbiteral.

Em Foco: Quem é o jovem Danilo?
Diác. Danilo: Sou uma pessoa muita tranquila. Sempre fui caseiro desde criança e nunca fui de muita bagunça. Sou uma pessoa reservada, mas não deixo de me relacionar com as pessoas, principalmente com os paroquianos. Tenho minha timidez, mas quando é preciso falar não me esquivo. Muitas vezes, nos encontros de formação, as pessoas dizem que falo até demais.

Para você, como deve ser a vida do padre?
Considero que a vida do padre, principalmente para nós diocesanos, deve ser em torno da comunidade, do povo. Um padre que se isola em sua casa, não vive o ministério para o qual ele foi chamado, ou seja, o serviço. Ele deve estar junto das famílias, dos paroquianos, porque é lá que ele vai realizar a sua missão como padre.

Como se deu sua caminhada vocacional até sua ordenação presbiteral?
Minha família nunca foi religiosa. Iniciei a catequese mais por obrigação e meus pais pouco frequentavam a Igreja. Hoje, felizmente eles são engajados na paróquia Sagrada Família. Já minha aproximação com a Igreja aconteceu na juventude, acho que eu tinha 14 ou 15 anos, quando comecei a frequentar o grupo de jovens da paróquia. Foi nesta ocasião, que retomei a catequese para o sacramento da Eucaristia que eu havia abandonado na infância. Fiz minha Primeira Eucaristia com 15 anos e a Crisma com 18 anos.

Então, nunca foi coroinha ou acólito?
Não! Tanto é que quando entrei no seminário eu pouco conhecia a Liturgia. Tudo aquilo que acólitos e coroinhas realizavam, muitas vezes era novidade para mim. Digo que meu chamado foi diferente de muitos jovens, pois a maioria que inicia a caminhada como seminarista já é engajado na Igreja.

E como foi seu chamado?
Meu chamado começou com o trabalho pastoral com moradores de rua. Eu, juntamente com outros jovens e os missionários da Comunidade de Vida Aliança de Misericórdia desenvolvíamos uma ação juntos com os moradores de rua com o objetivo de tirá-los daquela situação. Ali começou o meu desejo em servir ainda mais ao próximo e comecei a discernir sobre minha vocação.

A Paróquia Menino Jesus de Praga tem sido sua casa nos últimos anos. Primeiro como seminarista e nos últimos meses como diácono. Também sabemos que depois da ordenação permanecerá como padre. Como é trabalhar nesta comunidade?
Em todas as paróquias em que trabalhei sempre fui muito bem acolhido e aqui não é diferente. Contudo, nesta paróquia o aprendizado tem sido muito maior. Tenho vivido aqui a transição do meu ministério, primeiro como seminarista, agora o sacramento ordenado do diaconado e em breve o presbiterado. Todos da paróquia têm me ajudado muito neste caminho ministerial. Eu sou muito agradecido a todos que vivenciam comigo este momento.

Dia 29 de maio será...?
Será o início de uma caminhada. Não desmerecendo os oito anos que vivi no seminário. Graças a este tempo posso viver agora este novo caminho presbiteral. Viver o meu sim a Jesus Cristo e à Igreja.

Qual é sua mensagem para o leitor do Em Foco?
Para os jovens que estão indecisos em seguir o projeto de Deus eu digo: Não tenham medo de se lançar e dizer “sim” a Jesus, porque é muito gratificante. Saibam que é Ele que nos capacita para sermos seus servos. Para todo o povo de Deus eu peço que rezem pelo clero diocesano, pelos seminaristas que fazem esta experiência para o ministério ordenado. Que eles possam seguir a caminhada vocacional a fim de serem anunciadores da Palavra de Deus e que estejam sempre atentos à Palavra e assim “lançar as redes para águas mais profundas”.