Chegou junho e com ele as famosas festas juninas. É neste mês que a Igreja celebra a festa de três grandes santos: Santo Antônio, dia 13; São João Batista, dia 24 e São Pedro, dia 29. Trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, estas festividades ganharam popularidade e se tornaram tradição, em todo país. No nordeste brasileiro, existe, até mesmo, uma disputa entre Caruaru, em Pernambuco e Campina Grande, na Paraíba, para saber qual das duas cidades realiza a melhor festa de São João.
Todos os anos, são realizadas nas paróquias as festas juninas, seja na Igreja Matriz ou nas Capelas. Para isso, os locais são sempre enfeitados com bandeirinhas, a fogueira é montada e, claro, as tradicionais guloseimas: cuscuz, vinho quente, quentão, pipoca, entre outras delícias juninas, são sempre servidas em barracas. Outro momento sempre aguardado nas festas juninas é a apresentação da quadrilha. Além das Igrejas, as festas juninas ocorrem em outros espaços, como clubes, associações e até mesmo as famílias se reúnem para celebrar os santos juninos em suas casas.
Em nossa Diocese, muitas são as paróquias e capelas dedicadas aos santos juninos.
Criada em 21 de junho de 1774, quando Piracicaba ainda era freguesia, a Paróquia Santo Antônio – Sé Catedral é a mais antiga Igreja dedicada a Santo Antônio, que também é o padroeiro diocesano e da cidade de Piracicaba, além de padroeiro de outras duas paróquias, uma em Santa Bárbara d’Oeste e outra em Ajapi e de 14 capelas, nos municípios que compõem a diocese.
A Igreja Matriz da Paróquia São João Batista, em Capivari, criada em 1826 é o mais velho templo dedicado ao santo. Também duas paróquias em Piracicaba e uma nas cidades de Rio Claro e Santa Bárbara d’Oeste, além de cinco capelas, são dedicadas a São João. O santo também é padroeiro das cidades de Capivari e Rio Claro.
Na cidade de São Pedro, a Igreja Matriz, criada em 1864, é a mais antiga dedicada a São Pedro, na diocese. Outras paróquias, localizadas nas cidades de Mombuca, Piracicaba e Rio Claro, além de sete capelas, são dedicadas a este santo, que também é o padroeiro das cidades de Mombuca e São Pedro.
Conheça a história dos Santos Juninos
Santo Antônio - Nasceu em Lisboa (Portugal), em 1195, e faleceu em Pádua (Itália), no dia 13 de junho de 1231. Foi primeiramente religioso agostiniano e, depois, tornou-se franciscano. Chegou a conhecer São Francisco de Assis e com ele conviveu por um tempo. São Francisco o nomeou responsável pela formação dos frades, diante de sua grande capacidade intelectual e seu conhecimento teológico. É o santo junino com maior apelo popular. É chamado do Santo dos Pobres e também muito procurado como santo casamenteiro, por ter ajudado moças pobres a conseguirem os dotes para o casamento.
São João Batista - cujo nome significa “Deus dá a graça”, foi o precursor de Jesus. Ele se alegrou com a chegada do Messias, ainda no ventre de sua mãe, Isabel, quando esta recebeu a visita de Maria, em sua casa (Lc 1,39-43). Ele foi o único profeta a anunciar a chegada do Messias e a mostrá-lo no meio do povo. Batizou Jesus no Rio Jordão. Foi ele quem apontou Jesus, proclamando-o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). No dia 24 de junho, celebramos seu nascimento. Ele é o único dos Santos que tem o dia do nascimento e o dia da morte celebrados, pois os demais santos têm apenas o dia da morte celebrado.
São Pedro - Foi o primeiro a ser chamado por Jesus, com seu irmão André (Lc 6,14). Jesus o convidou para deixar o barco na praia, ir caminhar com ele, pois ele o faria pescador de homens. Pedro prontamente deixou tudo e passou a caminhar com Jesus. Foi o primeiro a professar a fé no Cristo, quando disse: ‘Eu sei que tu és o Messias, o filho do Deus vivo’ (Mt 16,16) – sobre esse testemunho de fé, Jesus edificou sua Igreja. Ele foi o primeiro Papa da Igreja. Pedro foi morto, sendo crucificado de cabeça para baixo, porque não se considerava digno de morrer como o Mestre.