A nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi empossada no dia 10 de maio, durante a cerimônia de encerramento da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida, desde o dia 1º de maio. Foram eleitos pelo episcopado brasileiro, para dirigir a entidade no próximo quadriênio (2019 – 2023), Dom Walmor Oliveira de Azevedo (arcebispo de Belo Horizonte) para o cargo de presidente; a primeira vice-presidência e a segunda vice-presidência ficaram com Dom Jaime Spengler (arcebispo de Porto Alegre) e Dom Mário Antônio da Silva (bispo de Rodônia), respectivamente. E o bispo Dom Joel Portella, auxiliar do Rio de Janeiro, assume o cargo de Secretário Geral da CNBB.
Ao conduzir a cerimônia de posse da nova presidência, o até então presidente da entidade, arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, agradeceu a todos que colaboraram com o trabalho da presidência, que se despede. Pediu orações pela CNBB neste novo quadriênio. “Se há uma certeza, é a de que somente podemos servir com a Graça de Deus”- disse ele.
O núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello, leu a correspondência enviada pelo papa Francisco em resposta à carta que os bispos do Brasil enviaram a ele durante o evento. Na correspondência, Francisco agradeceu a manifestação de comunhão da Conferência brasileira, fez votos de que os compromissos assumidos, durante a assembleia, ajudem os bispos a serem mais fieis à sua missão evangelizadora.
Dom Walmor Oliveira agradeceu a acolhida do episcopado, assumindo o compromisso de buscar a comunhão com o Santo Padre e de ser uma Igreja em saída, missionária e hospitaleira. Disse, ainda, que não há nada melhor a oferecer à sociedade que o Evangelho de Jesus. Segundo ele, a nova presidência assume, consciente, as dificuldades imensas e as complexidades quase indescritíveis, com a certeza de que é o Evangelho que ajuda dar novas respostas à Igreja e também à sociedade. “Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária. O que de fato vale é a fé desdobrada em amor”, disse o arcebispo.
Na ocasião também tomaram posse os novos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. Foram eleitos os seguintes bispos: Dom João Francisco Salm (Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada); Dom Giovane Pereira de Melo (Laicato); Dom Odelir José Magri (Ação Missionária e Cooperação Eclesial); Dom José Antônio Peruzzo (Animação Bíblico-Catequética); Dom Pedro Carlos Cipollini (Comissão para a Doutrina da Fé); Dom Edmar Peron (Liturgia); Dom Manoel João Francisco ( Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso); Dom José Valdeci Santos Mendes ( Comissão para a Ação Social Transformadora); Dom João Justino de Medeiros Silva (Cultura e Educação); Dom Ricardo Hoepers (Vida e a Família); Dom Nelson Francelino Ferreira (Juventude) e Dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães, como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação. O cardeal Dom Odilo Pedro Scheirer foi eleito como representante da CNBB junto ao Conselho Episcopal Latino-Americano(Celam). (Fonte: CNBB)
Novas Diretrizes para Igreja são aprovadas pelo episcopado
As Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019 a 2023), após intenso processo de debate e acréscimos dos bispos, foram aprovadas pelos participantes da 57ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP).
Segundo padre Manoel de Oliveira Filho, membro da Comissão do Texto Central sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), as Novas Diretrizes são, mais uma vez, um novo chamado de retorno às fontes para olhar a experiência das comunidades primitivas e ,inspirados por elas, formar, no hoje da história e na realidade urbana, comunidades eclesiais missionárias.
Padre Manoel lembra que as Novas Diretrizes Gerais, assim como uma casa, estão fundamentadas e sustentadas em quatro pilares essenciais: o pilar da Palavra de Deus e a iniciação à vida cristã; o pilar do Pão que é a casa sustentada pela liturgia e sobre a espiritualidade; o pilar da Caridade, que é a casa sustentada sobre o acolhimento fraterno e sobre o cuidado com as pessoas, especialmente as mais frágeis, excluídas e invisíveis e o pilar da Missão, porque é impossível fazer uma experiência profunda com Deus na comunidade eclesial que não leve, inevitavelmente, à vida missionária.
O novo documento, com as Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, para o próximo quadriênio (2019 a 2023), em breve estará disponível para aquisição, nas livrarias, e também para download no site da CNBB. (Fonte: CNBB)