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“Nada há de novo debaixo do sol!” (Eclesiastes 1, 9) x “Eis que Eu faço novas todas as coisas” (Apocalipse 21, 5)

Publicado em 11 de abril de 2023 - 09:41:51

A Palavra de Deus é contraditória? Se você interpretá-la isolada e literalmente, com certeza poderá se tornar, pois além do aparente paradoxo dessas duas passagens bíblicas acima citadas, várias outras poderiam ser apresentadas como divergentes.

Mas a ideia destas linhas não é a de investigar paradoxos bíblicos, pois não tenho a menor capacidade para fazê-lo. Apenas gostaria, com a licença dos estimados leitores e leitoras, de abordar uma realidade bastante atual: a verdade.

“A verdade ou a veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, guardando-se da duplicidade, da simulação e da hipocrisia”. Essa claríssima definição é extraída do nº 2468 do Catecismo da Igreja Católica ao comentar o Oitavo Mandamento (“Não levantarás falso testemunho”).

E por que podemos considerar bastante atual esse tema? Pelo simples fato de que, com a pandemia de Covid-19, a verdade sobre determinados assuntos acabou virando “verdade”. Sem diminuir os sinceros esforços daqueles que bravamente combateram essa praga, alguns oferecendo a própria vida, os exemplos seguintes nos ajudarão a compreender.

Lembra do “#fiqueemcasa”? Então: ano passado, pesquisadores premiados vinculados à Universidade Johns Hopkins dos EUA, um dos maiores centros de pesquisas do mundo, realizaram um largo estudo em que concluíram que os lockdowns tiveram pouco ou nenhum efeito na mortalidade por Covid-19 (coisa de 0,2%), pois acabaram demonstrando que a maior parte dos contágios ocorreu... em casa. Enquanto isso, os efeitos na economia, na educação, na saúde mental de adolescentes e pessoas que moram sozinhas, na saúde daqueles que dependiam de tratamentos médicos, foram devastadores, em alguns casos fatais.

E não se assuste se você não soube desse estudo e nem ouviu muito falar que a OMS, dias atrás, recomendou à população em geral (sem comorbidades) a aplicação de duas doses apenas... e já estávamos indo para a sexta dose, não?

De antemão informo que me vacinei mesmo sabendo de efeitos adversos que poderiam ocorrer. E é óbvio ululante que as vacinas nos protegem e salvam vidas, bastando lembrar daquelas, digamos, “consagradas”, testadas sob rigorosos métodos e cuja efetividade já está devidamente comprovada. Que ninguém duvide que as vacinas para varíola, febre amarela, poliomielite e meningite nos protegem! Mas as vacinas para a Covid-19, até hoje em fase experimental, poderiam receber críticas e considerações de vozes abalizadas de médicos e cientistas. Ok? Não!! Não foi isso que testemunhamos!

A grande imprensa fechou questão mais ou menos assim: “é terminantemente proibido questionar as vacinas!” Vimos, então, médicos experientes e cientistas que lançaram argumentos contrários estritamente técnicos sendo execrados em público, desligados de suas instituições, “lacrados/derrubados” em redes sociais, alguns até convocados para deporem na circense “CPI da Covid”! E o “crime” cometido, com base na vastíssima literatura médica e na experiência clínica e acadêmica que mostravam, seria o de afirmarem que se deveria esperar mais tempo, realizando-se pesquisas e testes adicionais, para considerar segura e efetiva uma vacina, pois

“Nada há de novo debaixo do sol!”

Mas, felizmente, seguimos adiante, pois confiamos no Senhor Jesus:

“Eis que Eu faço novas todas as coisas”

E como mensagem final, positiva e verdadeira (sem aspas!), compartilho trechos de uma homilia do Cardeal Carlo Maria Martini, falecido Arcebispo de Milão (Itália), no intento de nos enchermos da esperança pascal, o “combustível” que move cada cristão: “Todo homem e toda mulher da Terra poderão ver o Ressuscitado se se permitirem procurá-lo e se se deixarem procurar (...). A ressurreição marca a passagem por meio da qual nós revemos nosso modo restrito de conceber Deus, o modo como nos convertemos da tristeza e da mesquinhez para uma visão ampla do universo, aberta para a eternidade. Nesse grito da ressurreição, em nossa crença na ressurreição, somos convidados a mudar de vida, a mudar o modo de pensar e de ser. Temos de aceitar que o amor de Deus dissolve o medo, que a graça perdoa o pecado, que a iniciativa de Deus vem antes de qualquer esforço nosso e nos reanima, nos repõe em pé, após nossa queda. (...) Faço votos de que o fruto desta Páscoa seja para vós a plenitude da alegria e da confiança em Cristo ressuscitado, o qual nos torna filho do Pai e nos abre ao poder renovador do Espírito Santo”.

Que Nossa Senhora da Esperança nos ajude a renovar nossas forças no Espírito Santo para, assim, seguirmos com confiança os passos do Ressuscitado!

Rogério Sartori Astolphi
Juiz de Direito

 

 

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