Em Foco

Padre Ademilson: vocação em comunidade

Agosto/2016 - Edição 102 - Ano X

No último dia 25 de julho, padre Ademilson Lopes da Silva celebrou seis anos de sacerdócio. São seis anos de trabalho como pastor da Paróquia Divino Pai Eterno, iniciado ainda como diácono, em fevereiro de 2010.

Durante dois anos atuou como Administrador Paroquial e em 5 de fevereiro de 2012 tomou posse como pároco durante Celebração Eucarística presidida pelo bispo diocesano Dom Fernando Mason. Padre Ademilson foi ainda animador diocesano da Pastoral da Saúde e atualmente é coordenador da Região Pastoral Piracicaba 3.

Em entrevista para o “Em Foco”, padre Ademilson fala sobre sua vocação tardia e da caminhada junto à Paróquia Divino Pai Eterno.


Em Foco - Como o senhor se define?
Padre Ademilson - Por parte de pai: manso e brincalhão, por parte de mãe: personalidade forte e de liderança, por parte dos dois: trabalhador, honesto e servidor de Deus. Sou líder de minha comunidade, mas todos sabem que trabalho tanto quanto os membros da comunidade, de igual pra igual com todos.

Como surgiu a vocação para servir a Igreja?
Foi tardia, pois trabalhava muito e como todos da família, tinha que ajudar em casa. Era o que chamamos arrimo de família e esta foi a principal causa de minha ida tardia para o seminário. Como leigo participava ativamente da minha paróquia, a Nossa Senhora Aparecida, em Santa Barbara D’Oeste. Na comunidade atuei em vários grupos de jovens, do coral, da liturgia e também na catequese. Quando jovem participei de várias missões populares, no Paraná, Bahia e São Paulo, junto com a Comunidade dos Estigmatinos, isso foi aflorando minha vocação e também esculpindo o que sou hoje. Sou muito agradecido a minha comunidade de origem, aos padres estigmatinos e ao Monsenhor José Boteon que me levava junto para as missões e me encaminhou ao seminário.

Os seus pais apoiaram sua decisão para entrar no seminário?
Toda família apoiou, mas é claro que sabiam que o seminário é um descobrimento da própria vocação, poderia dar certo ou não.

Como foi a caminhada vocacional até a ordenação sacerdotal?
Toda caminhada é cheia de altos e baixos. Foi mais fácil quando eu entendi que era uma pedra bruta que precisava ser esculpida para o perfil de um padre diocesano. Tive sorte de ter bons reitores que são meus amigos e conselheiros até hoje. O trabalho pastoral de fim de semana nas paróquias era um grande prazer para mim e isso ajudou em muito na formação até a ordenação presbiteral.

Antes de iniciar os estudos como seminarista o senhor estudou contabilidade. Exerceu a profissão?
Eu, assim como minha família, passei por muitas dificuldades financeiras. Nasci em Auriflama (SP), mas éramos migrantes em Santa Bárbara D’Oeste, assim como muitas famílias que vieram do Paraná, estados do nordeste e outras cidades brasileiras. Fizemos de tudo para ajudar em casa. Trabalhei como catador de latinha para comprar farinha para fazer pão, boia-fria, office-boy e arquivista. Gosto de ser arquivista, tanto é que fui responsável pela biblioteca dos seminários por diversas vezes. Também fui técnico contábil, profissão que sempre gostei e que exerci por muitos anos em um escritório contábil, na cidade de Americana. Mesmo gostando da profissão, não me sentia completo como ser humano, faltava algo a mais para ser feliz.

Desde a sua ordenação, o senhor trabalha na Paróquia Divino Pai Eterno. Quais são os desafios? E as conquistas?
Cheguei em fevereiro de 2010 e em um momento muito difícil na comunidade. Estava desagregada. Iniciei meu trabalho na comunidade ainda como diácono. Todos esperavam muitas coisas de mim e eu também muito da comunidade. Nos unimos e acredito que deu certo. Hoje, creio que eu e a comunidade somos felizes no trabalho de evangelização. Graças ao empenho de todos, temos várias pastorais que vão bem, outras ainda demandam mais atenção. Criamos a comunidade de São Mateus, no bairro que tem mesmo nome e construímos a Capela Nossa Senhora de Lourdes. O ECC (Encontro de Casais com Cristo) teve um número grande de inscrições este ano, fruto de dedicação e amor à comunidade. Nossa menina dos olhos é a Pastoral de Coroinhas e Acólitos, que hoje conta com 71 crianças e adolescentes, um grande número com certeza. Pequenos discípulos e missionários do Senhor.

Como coordenador da Região Pastoral Piracicaba 3, como o senhor avalia o trabalho junto aos demais presbíteros?
A Região Piracicaba 3 tem grandes desafios, mas acredito que cada padre faz o seu melhor. Unidade é sempre um desafio e estar em sintonia com a diocese e a região, e não somente com a própria comunidade. A agenda de todos é sempre cheia, sinal de que todos trabalham muito em suas comunidades.

Qual o versículo bíblico que o senhor leva sempre em sua vida?
O salmo 23: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”. Vivo esse versículo na prática e no dia a dia.

Qual a mensagem para o leitor do Em Foco neste mês vocacional?
Não somos nós que temos vocação. A vocação, que é o próprio Deus, é que nos tem. Que o Divino Pai Eterno abençoe a todos na vossa jornada. Amém!

Anunciantes
Em Foco - Diocese de Piracicaba
Diocese de Piracicaba

Diocese de Piracicaba

O site Em Foco é o meio de comunicação oficial da Diocese de Piracicaba

Assessoria de Comunicação

Segunda a Sexta das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30

Diocese de Piracicaba

Av. Independência, 1146 – Bairro Higienópolis - Cep: 13.419-155 – Piracicaba-SP - Fone: 19 2106-7556
Desenvolvido por index soluções