Em Foco

Momentos finais do Sínodo para a Pan-Amazônia

Novembro/ 2019 - Edição 136 - Ano XIII

Estamos caminhando em direção à conclusão do Sínodo extraordinário sobre a Amazônia, os padres sinodais estão demonstrando a sacralidade e a veneração com que devemos entrar e tocar este solo. Com a uma intuição corajosa, Papa Francisco nos ajuda a criar uma empatia com a Amazônia a ponto de colocar ao centro da Igreja esta realidade periférica e nos fazer sentir próximos aos povos e culturas amazônicas. Já podemos dizer “não é mais o problema ‘deles’, mas o ‘nosso’”.

Nesses dias em que estamos trabalhando no Sínodo, sentimos o quanto está sendo rica e profética a presença do Santo Padre. Com humildade, ele escuta atentamente todas as intervenções e se manifesta de forma precisa, profunda e corajosa e promove um verdadeiro espírito de comunhão. Como sabemos, a palavra Sínodo significa caminhar juntos. Estamos caminhando em sintonia com toda Igreja, mas principalmente escutando o grito do povo que mais sofre. E por falar em escutar, é pela primeira vez, em um sínodo, que o Papa quis ouvir as mulheres, os convidados especiais e os representantes dos povos nativos, dando a eles a palavra. São sempre manifestações cheias de emoções, dores e esperanças que iluminam e ajudam os padres sinodais a entrarem na realidade pluriétnica e multicultural da Amazônia.

Outro ponto a ser considerado neste Sínodo é o método de trabalho. Cada padre sinodal tem direito a uma fala de 4 minutos, após 4 intervenções faz-se 4 minutos de silêncio para escutar o Espírito. Tem sido momentos fortes de partilha e escuta que dão espaço à voz do Espírito Santo, de modo que as decisões não sejam movidas apenas pelos esquemas humanos. Além dos trabalhos na aula sinodal, os pequenos grupos de estudo, tem sido o espaço privilegiado de aprofundar a situação Pan-amazônica e de projetar uma voz profética àquela realidade.

Os temas centrais estão ganhando forças dentro de três princípios: o diálogo intercultural, a comunicação da Boa Nova de Jesus e os ministérios. Assim, a esperança de uma Igreja aberta ao novo, corajosa para enfrentar os grandes desafios, pobre com os pobres e profética no anúncio e na denúncia está sendo desenhada. Urge acolher com responsabilidade os compromissos de batizados na comunhão com esta Igreja na sua árdua missão de cuidar da nossa casa comum.

O que ainda podemos esperar deste Sínodo? Sabemos que existem algumas manifestações contrárias ao Sínodo, principalmente pelas informações vinculadas por alguns meios de comunicação. Mas os padres sinodais estão em um intenso trabalho para fazer com que a novidade que faz renascer a esperança nas pessoas, esteja presente no Documento Final. Essa novidade será referente ao rosto de uma Igreja Amazônica com tudo o que isso comporta; os novos ministérios, sobretudo no reconhecimento dos trabalhos dos leigos, das mulheres e do clero autóctone; o necessário diálogo intercultural, com o devido respeito aos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; a criação de organismos e estruturas que favoreçam a vida plena nesta região; o fortalecimento dos projetos das Igrejas irmãs que ajude anunciar o Evangelho e a denunciar a exploração e a corrupção nesta área e,; por último, criar comunidades de presença fixa e não apenas de visita pastoral.

Rezemos para que os resultados do Sínodo não sejam apenas lindas ideias mas que gere vida digna à nossa “mãe terra”, aos povos da Pan-Amazônia e à todo Povo de Deus. 

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