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Mês Missionário Extraordinário

Outubro/ 2019 - Edição 135 - Ano XIII

No Brasil, o mês de outubro sempre foi dedicado às missões. Contudo, este ano, a pedido do Papa Francisco, será celebrado o Mês Missionário Extraordinário para dar novo significado à Igreja, no mundo inteiro, redescobrindo a tarefa missionária de todo batizado, reestruturando a Igreja para a dimensão missionária e despertando vocações para missões além-fronteiras.

A razão pela qual o Papa convoca a Igreja para uma sensibilização missionária está na Carta Apostólica Maximum Illud do Sumo Pontífice Bento XV, cujo tema é Batizados e Enviados: a Igreja de Cristo em Missão no Mundo. A sugestão é para que sejamos movidos a uma abertura missionária em nossas comunidades, no sentido de missão permanente, mas também reforçar no coração da Igreja a necessária saída missionária Ad Gentes, ou seja, a saída missionária além-fronteiras.

Paróquia Missionária, projetada na realidade

Este ano fomos visitar a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Capivari. Ali encontramos uma Igreja Missionária viva, que supera as dificuldades. Seguindo o modelo do Plano Diocesano de Missão e Pastoral há sete anos, hoje a Paróquia soma o total de 112 missionários paroquiais, divididos em 11 pequenas comunidades. O plano missionário foi iniciado na administração do Pe. José Jorge e hoje com o atual pároco, Pe. Aparecido Barbosa, busca responder à convocação que é feita a toda Igreja: que estejamos em movimento de saída missionária, alcançando os corações afastados.

Segundo a missionária Marli Antonia Giatti Callegaro, a grande novidade trazida à comunidade foi a descentralização da paróquia, tornando-a mais participativa. De fato, o plano missionário, assim como toda a Igreja na América Latina, inspirado pelo Documento de Aparecida (2007), faz um forte apelo para a setorização paroquial, a implantação de um projeto missionário e pastoral em nível diocesano e paroquial. A urgência do anúncio querigmático é fio condutor do VII Plano Diocesano de Pastoral e, segundo Pe. Aparecido, não há outro modelo tão eficiente que não aquele cuja vitalidade está na missão e na pastoral.

A saída missionária leva o anúncio evangélico a todo território paroquial e muitas pessoas são alcançadas, principalmente, porque estão afastadas pela falta de um impulso que começa na experiência do amor de Deus. É assim que Ana Paula Ferreira Vilalta, agora também missionária paroquial, expressa a grande alegria no processo de conversão pessoal e familiar: “a partir do testemunho missionário, senti o chamado à vida nova”. Afirma que a acolhida e o cuidado que a equipe missionária demonstrou para com ela foram importantes, para levá-la à ressignificação de sua vida. E o sentimento que tem por ser chamada a contribuir com a missão da Igreja, em sua paróquia, é de gratidão.

Assim também Mauro Cesar de Carvalho foi “pescado”. Quando recebeu a visita missionária de Marli e, ao ser convidado para participar dos encontros na “Casa Aberta”, foi acolhido entre irmãos e ali aprendeu o dom da vida fraterna. “Casa aberta” é o local onde os missionários se reúnem para acolher aqueles que são chamados, alcançados pela missão e ali recebem o primeiro anúncio querigmático, em preparação para o retiro de evangelização.

O grande protagonista da missão é Deus que, através de Seu Espírito, age na vida dos missionários para atrair os irmãos pelo anúncio de Seu amor. Através da escuta sincera nas visitas, a relação comunitária reaviva o sentido da vida em Cristo e este sentimento é unânime nas palavras dos missionários. Pe. Cido diz que precisamos “vocacionar a dimensão missionária na paróquia”. Esta expressão – vocacionar a dimensão missionária - mostra muito bem a resposta que se deve dar à experiência missionária, seja em nível pessoal ou comunitário, pois não se participa apenas da missão, mas precisamos nos sentir vocacionados, chamados à missão e enviados em missão.

Movidos pelo tema deste ano missionário, Batizados e Enviados, o impulso missionário envolve toda ação pastoral da Igreja e, segundo o Pe. Aparecido, a paróquia com DNA missionário produz a missionariedade necessária em todos os âmbitos da vida pastoral de uma comunidade. Toda a ação missionária acontece a partir do retiro de evangelização, que os introduz num caminho de conversão e vida nova. Depois, reunidos em pequenas comunidades, semanalmente, recebem a catequese que os amadurece para o acompanhamento e crescimento na fé. Mauro relata que a vida em comunidade o presenteou com uma família que nasce em Cristo. Para Marli, a comunidade é onde acontece a vida da Igreja, a catequese, a edificação espiritual e solidariedade social. Ali experimentamos a alegria de estar juntos, diz ela. Ana recorda que um dos benefícios da vida em comunidade está na diversidade das pessoas que, dispostas à vivência comunitária da fé e da própria vida, dão resposta a Deus que nos chama à comunhão.

A pedagogia missionária é um processo exigente, segundo Pe. Aparecido. Porém, não há outro modo de ser Igreja que não seja, conforme nos diz Papa Francisco, uma Igreja “em saída”, que vá ao encontro dos irmãos e irmãs que se encontram, ainda hoje, abandonados, seja pela indiferença ou mesmo por não conhecerem o amor de Deus. 

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